domingo, 22 de dezembro de 2024

O Papel dos Anjos na História do Natal.



O papel dos anjos na história do Natal: Os mensageiros divinos.

  

Os anjos têm um papel fundamental na história do Natal, sendo os mensageiros que anunciaram o nascimento de Jesus. Na Bíblia, eles foram enviados por Deus para trazer boas novas e guiar os pastores até o Salvador. Mas você já refletiu sobre o que os anjos simbolizam e qual a importância deles nesse evento tão especial?


Desde o Antigo Testamento, os anjos são descritos como mensageiros de Deus. No contexto do Natal, eles aparecem de maneira marcante:


1. O anúncio a Maria: O anjo Gabriel comunicou a Maria que ela seria a mãe de Jesus (Lucas 1:26-38): "E o anjo, aproximando-se dela, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres!"


2. O aviso a José: Um anjo apareceu a José em um sonho, confortando-o e explicando o propósito divino do nascimento de Jesus (Mateus 1:20): "José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo."


No Evangelho de Lucas, encontramos um dos momentos mais emocionantes da história do Natal: o coral celestial que glorificava a Deus na presença dos pastores:


"De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu com o anjo, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade!" (Lucas 2:13,14).


O simbolismo dos Anjos no Natal

Os anjos simbolizam a conexão entre o céu e a terra, destacando o nascimento de Jesus como o maior presente de Deus para a humanidade. Eles não apenas cumpriram suas missões divinas, mas também nos deixaram lições profundas que podemos aplicar em nossas vidas.  


3 lições que os Anjos nos ensinam

1. Obediência à vontade de Deus Os anjos cumpriram suas missões com humildade e dedicação, mostrando o valor de submeter-se ao plano divino.


2. Alegria em anunciar as boas novas Assim como os anjos proclamaram o nascimento de Jesus, somos chamados a compartilhar a mensagem do Evangelho com alegria e entusiasmo.


3. Adoração constante a Deus O coral celestial nos inspira a viver em adoração contínua, louvando ao Senhor por sua bondade e amor.


A mensagem dos Anjos para o Natal

Os anjos desempenharam um papel crucial na história do Natal, trazendo mensagens de esperança, amor e salvação. Que, neste Natal, possamos seguir o exemplo deles: anunciando as boas novas de Jesus Cristo e exaltando a Deus por seu amor incondicional.


Fonte bibliográfica: Biblia Online. 

sábado, 21 de dezembro de 2024

270 - Cirilo de Jerusalém (315-386) - Catequese Mistagógico - Quinta Catequese Mistagógica

 


270

Cirilo de Jerusalém (315-386)

Catequese Mistagógico

Quinta Catequese Mistagógica

Quinta Catequese Mistagógica

E leitura da epístola católica de São Pedro: «Despojai-vos, pois, de toda malícia e falsidade e maledicência» etc.

I. A Celebração Eucarística

1.      Pela benignidade de Deus, ouvistes de maneira suficiente, nas reuniões precedentes, sobre o batismo, a crisma e a participação do corpo e sangue de Cristo. Mas agora é necessário ir adiante, para coroar o edifício espiritual de vossa instrução.

2.      Vistes o diácono oferecer água ao pontífice e aos presbíteros que rodeiam o altar de Deus para lavarem-se.

3.      Não a deu, absolutamente, por causa da sujeira corporal. Não é isso. Pois com o corpo sujo nem sequer teríamos entrado na igreja. Mas lavar as mãos é símbolo de que nós devemos purificar de todos os pecados e de todas as faltas.

4.      Já que as mãos são símbolo das obras, lavamo-las, indicando evidentemente a pureza e a irrepreensibilidade das obras.

5.      Não ouviste como o bem-aventurado Davi te introduziu neste mistério ao dizer: «Lavarei as mãos entre os inocentes e andarei ao redor do teu altar, Senhor»? Então, lavar as mãos é estar limpo de pecado.

6.      Depois o diácono proclama: «Acolhei-vos mutuamente e dai-vos o ósculo da paz». Não suponhas que este ósculo seja como os que os amigos íntimos se dão na praça pública. Este ósculo não é assim.

7.      Mas este ósculo une as almas entre si e é para elas penhor de esquecimento de todos os ressentimentos.

8.      É sinal de que as almas se unem e afastam toda lembrança de toda injúria.

9.      Por isso Cristo disse: «Quando fores apresentar uma oferta perante o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem algo contra ti, deixa ali a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão, depois volta para apresentar a tua oferta».

10.  Então, o ósculo é reconciliação, e é por esta razão que é santo, como o bem-aventurado Paulo o proclama alhures: «Saudai-vos uns aos outros no ósculo santo». 4 E Pedro: «Saudai-vos uns aos outros no ósculo de caridade».

II. Introdução à anáfora (Litania)

11.  Depois disso o sacerdote proclama: «Corações ao alto!» Verdadeiramente, nesta hora mui tremenda, é preciso ter o coração no alto, junto de Deus, e não embaixo, na terra, nas coisas terrenas.

12.  Com autoridade, pois, o sacerdote ordena que nesta hora se abandonem todas as preocupações da vida e os cuidados domésticos e que se tenha o coração no céu, junto ao Deus benevolente.

13.  Vós então respondeis: «Já os temos no Senhor!» assentindo à ordem por causa do que confessais.

14.  Ninguém esteja presente dizendo apenas com a boca: «Nós os temos no Senhor», tendo a mente voltada para as preocupações da vida. Sempre devemos estar lembrados de Deus. Se isso é impossível pela fraqueza humana, naquela hora isto é o que mais deve ser procurado.

15.  Depois diz o sacerdote: «Demos graças ao Senhor». Deveras, devemos agradecer-lhe, porque sendo indignos chamou-nos a tamanha graça que nos reconciliou, sendo seus inimigos, e nos fez dignos da adoção do Espírito.

16.  E vós dizeis: «É digno e justo». Pois quando damos graças nós fazemos algo digno e justo. Ele nos beneficiou não com a justiça, mas além de toda justiça, fazendo-nos dignos de grandes bens. 

III. Anáfora, prece de louvor

17.  Depois disso mencionamos o céu, a terra e o mar, o sol e a lua, os astros, toda criatura racional e irracional, visível e invisível, os anjos e arcanjos, as virtudes, dominações, principados, potestades, tronos, os querubins de muitas faces e, com vigor, dizemos com Davi: «Celebrai comigo o Senhor».

18.  Lembramo-nos ainda dos serafins, que Isaías, no Espírito Santo, contemplava. Estavam colocados em círculo ao redor do trono de Deus. Com duas asas cobriam o rosto, com outras duas os pés, e com mais duas voavam e diziam: «Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos».

19.  Por isso recitamos essa doxologia que nos foi transmitida pelos serafins, para que neste canto nos associemos aos exércitos celestes. 

IV.  Epíclese (invocação ao Espírito Santo)

20.  Depois de santificados por esses hinos espirituais, suplicamos ao Deus benigno que envie o Espírito Santo sobre os dons colocados, para fazer do pão corpo de Cristo e do vinho sangue de Cristo. Pois tudo o que o Espírito Santo toca é santificado e transformado. 

V. Intercessões

21.  Em seguida, realizado o sacrifício espiritual, o culto incruento, em presença dessa vítima de propiciação, invocamos a Deus pela paz comum das igrejas, pelo bem-estar do mundo, pelos imperadores, pelos exércitos e aliados, pelos doentes, pelos aflitos e, em geral, todos nós oramos por todos aqueles que têm necessidade de socorro e oferecemos essa vítima.

22.  Depois fazemos menção dos que adormeceram, primeiro dos patriarcas, profetas, apóstolos, mártires, para que Deus, por suas preces e intercessão, aceite nossa súplica. Depois ainda oramos pelos santos padres, bispos adormecidos e, enfim, por todos os que nos precederam, persuadidos de que será de máximo proveito para as almas, pelas quais a súplica é elevada ante a santa e tremenda vítima.

23.  E quero persuadir-vos com um exemplo. Sei que muitos dizem: Que aproveita à alma que parte deste mundo com faltas ou sem elas, se é mencionada na oferenda [eucarística]? Porventura, se um rei banisse aos que se rebelaram contra ele, e se em seguida seus companheiros, trançando uma coroa, a presenteiam ao rei em favor dos condenados, não lhes concederá a remissão dos castigos?

24.  Do mesmo modo nós também, apresentando a Deus as súplicas pelos adormecidos, embora tenham sido pecadores, nós não trançamos uma coroa, mas apresentamos o Cristo imolado por nossos pecados, tornando propício em favor deles e em nosso o Deus benigno. 

VI. O Pai Nosso

25.  Depois disso, tu dizes aquela oração que o Salvador transmitiu aos discípulos, atribuindo a Deus, com pura consciência, o nome de Pai e dizes: «Pai nosso, que estás nos céus».

26.  Ó incomensurável benignidade de Deus! Aos que o tinham abandonado e jaziam em extremos males, é concedido o perdão dos males e a participação da graça, a ponto de ser invocado como Pai. Pai nosso que estás nos céus.

27.  Os céus poderiam bem ser os que portam a imagem do celestial, nos quais Deus habita e vive.

28.  «Santificado seja teu nome». Santo é por natureza o nome de Deus, quer o digamos ou não. Mas uma vez que naqueles que pecam por vezes é profanado, segundo o que se diz: «Por vós meu nome é continuamente blasfemado entre as nações», oramos que em nós o nome de Deus seja santificado.

29.  Não que por não ser santo chegue a sê-lo, mas porque em nós ele se torna santo quando nos santificamos e praticamos obras dignas de santificação.

30.  «Venha o teu reino». É próprio de uma alma pura dizer com confiança: «Venha o teu reino». Quem ouviu Paulo dizer: «Que o pecado não reine em vosso corpo mortal» e se purificar em obra, pensamento e palavra, dirá a Deus: «Venha o teu reino».

31.  «Seja feita a tua vontade, assim no céu como na terra». Os divinos e bem-aventurados anjos de Deus fazem a vontade de Deus, como Davi dizia no salmo: «Bendizei ao Senhor, todos os seus anjos, heróis poderosos, que executais sua palavra». Rezando, pois, com vigor, dize isto: como nos anjos se faz a tua vontade, Senhor, assim na terra se faça em mim.

32.  «Nosso pão substancial dá-nos hoje». O pão comum não é substancial. Mas este pão é substancial, pois se ordena à substância da alma. Este pão não vai ao ventre nem é lançado em lugar escuso mas se distribui sobre todo o organismo, em proveito da alma e do corpo. O «hoje» equivale a dizer de «cada dia» , como também dizia Paulo: «Enquanto perdura o hoje».

33.  «E perdoa-nos as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores». Temos muitos pecados. Caímos, pois, em palavra e em pensamento e fazemos muitas coisas dignas de condenação. «E se dissermos que não temos pecado, mentimos», como diz João. Fazemos com Deus um pacto pedindo-lhe nos perdoe nossos pecados como também nós perdoamos ao próximo suas dívidas. Tendo presente, portanto, o que recebemos em troca do que damos, não sejamos negligentes, nem deixemos de perdoar uns aos outros. As ofensas que se nos fazem são pequenas, simples, fáceis de reconciliar. As que nós fazemos a Deus são enormes e temos necessidade só de sua benignidade. Cuida, então, que por faltas pequenas e simples contra ti não te excluas do perdão, por parte de Deus, dos pecados gravíssimos.

34.  «E não nos induzas em tentação», Senhor. Porventura com isto o Senhor nos ensina a pedir que de modo algum sejamos tentados? Como se encontra em outro lugar: «Aquele que foi tentado não tem experiência» e ainda: «Tende por suma alegria, meus irmãos, se cairdes em diversas provações»? Mas jamais entrar em tentação é o mesmo que ser submerso por ela. A tentação, pois, se assemelha a uma torrente difícil de atravessar. Os que, então, não são submersos nas tentações, atravessam, como bons nadadores, sem serem arrastados pela corrente. Os que não são assim, uma vez que entram, são submersos. Assim, por exemplo, Judas, entrando na tentação da avareza, não passou a nado, mas, submergindo, afogou-se corporal e espiritualmente. Pedro entrou na tentação de negação, mas, tendo entrado, não submergiu; antes, nadando com vigor, se salvou da tentação.

35.  Escuta novamente, em outro lugar, o coro dos santos todos rendendo graças por terem sido subtraídos à tentação: «Tu nos provaste, ó Deus, acrisolaste-nos como se faz com a prata. Deixaste-nos cair no laço; carga pesada puseste em nossas costas; submeteste-nos ao jugo dos tiranos. Passamos pelo fogo e pela água, mas tu nos conduziste ao refrigério». Tu os vês falar abertamente de sua travessia sem serem vencidos? «Tu nos conduziste ao refrigério». Chegar ao refrigério é ser livrado da tentação.

36.  «Mas livra-nos do Mal». Se a expressão «não nos induzas em tentação» significasse não sermos de modo algum tentados, não se diria: «Mas livra-nos do Mal». O Mal é o demônio, nosso adversário, do qual pedimos ser libertos.

37.  Depois, terminada a prece, dizes: «amém», selando com este amém – que significa «faça-se» – o que se contém na oração ensinada por Deus. 

VII. Comunhão

38.  Depois disso, diz o sacerdote: «As coisas santas aos santos». As coisas são as oferendas aí colocadas, pois receberam a vinda do Espírito Santo. Santos sois também vós, julgados dignos do Espírito Santo. As coisas santas, então, convêm aos santos. Em seguida vós dizeis: «Um é o santo, um o Senhor, Jesus Cristo». Verdadeiramente um é o santo, santo por natureza. Nós, porém, se santos, o somos não pela natureza, mas pela participação, ascese e prece.

39.  Depois dessas coisas, ouvis o cantor que, com uma melodia divina, vos convida à comunhão dos santos mistérios, dizendo: «Provai e vede como o Senhor é bom». Não confieis o julgamento ao gosto corporal, mas à fé inabalável. Pois provando não provais pão e vinho, mas o corpo e sangue de Cristo que aqueles significam.

40.  Ao te aproximares [da comunhão], não vás com as palmas das mãos estendidas, nem com os dedos separados; mas faze com a mão esquerda um trono para a direita como quem deve receber um Rei e no côncavo da mão espalmada recebe o corpo de Cristo, dizendo: «Amém». Com segurança, então, santificando teus olhos pelo contato do corpo sagrado, toma-o e cuida de nada se perder. Pois se algo perderes é como se tivesses perdido um dos próprios membros. Dize-me, se alguém te oferecesse lâminas de ouro, não as guardarias com toda segurança, cuidando que nada delas se perdesse e fosses prejudicado? Não cuidarás, pois, com muito mais segurança de um objeto mais precioso que ouro e pedras preciosas, para dele não perderes uma migalha sequer?

41.  Depois de teres comungado o corpo de Cristo, aproxima-te também do cálice do seu sangue. Não estendas as mãos, mas inclinando-te, e num gesto de adoração e respeito, dize «amém». Santifica-te também tomando o sangue de Cristo. E enquanto teus lábios ainda estão úmidos, roça-os de leve com tuas mãos e santifica teus olhos, tua fronte e teus outros sentidos. Depois, ao esperares as orações [finais], rende graças a Deus que te julgou digno de tamanhos mistérios.

42.  Conservai inviolavelmente essas tradições e vós mesmos guardai-vos sem ofensa. Não vos separeis da comunhão nem pela mancha do pecado vos priveis desses santos e espirituais mistérios. 

«O Deus da paz santifique-vos completamente.
Conserve-se inteiro o vosso espírito,
e a vossa alma e o vosso corpo sem mancha,
para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo»,
a quem a glória pelos séculos dos séculos. Amém.»

Eucaristia – Consagração depois da suplica.

Depois de santificados por esses hinos espirituais, suplicamos ao Deus benigno que envie o Espírito Santo sobre os dons colocados, para fazer do pão corpo de Cristo e do vinho sangue de Cristo. Pois tudo o que o Espírito Santo toca é santificado e transformado.  Cirilo de Jerusalém (315-386). Catequese Mistagógico. Quinta Catequese Mistagógica

 

Eucaristia – Sacrifício espiritual

Em seguida, realizado o sacrifício espiritual, o culto incruento, em presença dessa vítima de propiciação, invocamos a Deus pela paz comum das igrejas, pelo bem-estar do mundo, pelos imperadores, pelos exércitos e aliados, pelos doentes, pelos aflitos e, em geral, todos nós oramos por todos aqueles que têm necessidade de socorro e oferecemos essa vítima. Cirilo de Jerusalém (315-386). Catequese Mistagógico. Quinta Catequese Mistagógica

 

Santidade

Não que por não ser santo chegue a sê-lo, mas porque em nós ele se torna santo quando nos santificamos e praticamos obras dignas de santificação. Cirilo de Jerusalém (315-386). Catequese Mistagógico. Quinta Catequese Mistagógica

 

Pecado – necessidade de perdão.

As ofensas que se nos fazem são pequenas, simples, fáceis de reconciliar. As que nós fazemos a Deus são enormes e temos necessidade só de sua benignidade. Cuida, então, que por faltas pequenas e simples contra ti não te excluas do perdão, por parte de Deus, dos pecados gravíssimos.

 

Tentação

Mas jamais entrar em tentação é o mesmo que ser submerso por ela. A tentação, pois, se assemelha a uma torrente difícil de atravessar. Os que, então, não são submersos nas tentações, atravessam, como bons nadadores, sem serem arrastados pela corrente. Os que não são assim, uma vez que entram, são submersos. Assim, por exemplo, Judas, entrando na tentação da avareza, não passou a nado, mas, submergindo, afogou-se corporal e espiritualmente. Pedro entrou na tentação de negação, mas, tendo entrado, não submergiu; antes, nadando com vigor, se salvou da tentação. Cirilo de Jerusalém (315-386). Catequese Mistagógico. Quinta Catequese Mistagógica

 

Eucaristia – o corpo e o sangue de Cristo.  

Depois dessas coisas, ouvis o cantor que, com uma melodia divina, vos convida à comunhão dos santos mistérios, dizendo: «Provai e vede como o Senhor é bom». Não confieis o julgamento ao gosto corporal, mas à fé inabalável. Pois provando não provais pão e vinho, mas o corpo e sangue de Cristo que aqueles significam. Cirilo de Jerusalém (315-386). Catequese Mistagógico. Quinta Catequese Mistagógica

 

Eucaristia – zelo pelos elementos da Ceia do Senhor

Com segurança, então, santificando teus olhos pelo contato do corpo sagrado, toma-o e cuida de nada se perder. Pois se algo perderes é como se tivesses perdido um dos próprios membros. Dize-me, se alguém te oferecesse lâminas de ouro, não as guardarias com toda segurança, cuidando que nada delas se perdesse e fosses prejudicado? Não cuidarás, pois, com muito mais segurança de um objeto mais precioso que ouro e pedras preciosas, para dele não perderes uma migalha sequer? Cirilo de Jerusalém (315-386). Catequese Mistagógico. Quinta Catequese Mistagógica

 

Eucaristia – Santidade para a eucaristia

Santifica-te também tomando o sangue de Cristo. E enquanto teus lábios ainda estão úmidos, roça-os de leve com tuas mãos e santifica teus olhos, tua fronte e teus outros sentidos. Depois, ao esperares as orações [finais], rende graças a Deus que te julgou digno de tamanhos mistérios. Cirilo de Jerusalém (315-386). Catequese Mistagógico. Quinta Catequese Mistagógica

 

Tradição

O que você destaca no texto?

Como o texto serve para a nossa Igreja?

Como contribui para sua espiritualidade?

sábado, 14 de dezembro de 2024

269 - Cirilo de Jerusalém (315-386) - Catequese Mistagógico - Quarta Catequese Mistagógica


269

Cirilo de Jerusalém (315-386)

Catequese Mistagógico

Quarta Catequese Mistagógica

 

Quarta Catequese Mistagógica

Sobre o Corpo e Sangue de Cristo e leitura da primeira epistola aos Coríntios: «Porque eu recebi do Senhor o que vos transmiti», etc.

1.      Este ensinamento do bem-aventurado Paulo foi estabelecido como suficiente para vos assegurar acerca dos divinos mistérios, dos quais tendo sido julgados dignos, vos tornastes con-corpóreos e consanguíneos com Cristo.

2.      O próprio Paulo proclama precisamente: «Na noite em que foi entregue, Nosso Senhor Jesus Cristo, tomando o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e o deu a seus discípulos, dizendo: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E tomando o cálice e tendo dado graças, disse: Tomai, bebei, isto é o meu sangue».

3.      Se ele em pessoa declarou e disse do pão: «Isto é o meu corpo», quem se atreveria a duvidar doravante? E quando Ele afirma categoricamente e diz: «Isto é o meu sangue», quem duvidaria dizendo não ser seu sangue?

4.      Outrora, em Caná da Galileia, por própria autoridade, transformou a água em vinho. Não será digno de fé quando transforma o vinho em sangue?

5.      Convidado às bodas corporais, realizou, este milagre maravilhoso. Aos companheiros do esposo não se concederá, com muito mais razão, a alegria de desfrutar do seu corpo e sangue? 

 

I. Presença real de Cristo

6.      Portanto, com toda certeza recebemo-los como corpo e sangue de Cristo. Em forma de pão te é dado o corpo, e em forma de vinho o sangue, para que te tornes, tomando o corpo e o sangue de Cristo, con-corpóreo e consanguíneo com Cristo.

7.      Assim nos tornamos portadores de Cristo (cristóforos), sendo nossos membros penetrados por seu corpo e sangue.

8.      Desse modo, como diz o bem-aventurado Pedro, «tornamo-nos participes da natureza divina».

9.      Falando, outrora, aos judeus Cristo dizia: «Se não comerdes minha carne e não beberdes meu sangue, não tereis a vida em vós».

10.  Como não entendessem espiritualmente o que era dito, escandalizados, se retiraram, imaginando que o Salvador os incitava a comer carne humana.

11.  Também no Antigo Testamento havia pães de proposição. Mas esses pães, por pertencerem à antiga aliança, tiveram fim.

12.  Na nova aliança o pão celeste e o cálice de salvação santificam a alma e o corpo. Pois, como o pão se adequa ao corpo, assim o Verbo se harmoniza com a alma.

13.  Não consideres, portanto, o pão e o vinho como simples elementos. São, conforme a afirmação do Mestre, corpo e sangue. Se os sentidos isto te sugerem, a fé te confirma. Não julgues o que se propõe segundo o gosto, mas pela fé tem firme certeza de que foste julgado digno do corpo e sangue de Cristo. 

 

III. Prefigurações escriturísticas

14.  O bem-aventurado Davi te anuncia a força [deste mistério] dizendo: «Preparaste para mim a mesa à vista de meus inimigos».

15.  Com isso ele quer dizer: Antes de tua vinda os demônios preparavam para os homens uma mesa contaminada e manchada, cheia de poder diabólico. Mas depois de tua vinda, ó Senhor, tu preparaste diante de mim uma mesa.

16.  Quando o homem diz a Deus: «Tu preparaste diante de mim uma mesa», que outra coisa quer ele insinuar, senão a mística e espiritual mesa, que Deus nos preparou em oposição ao adversário, isto é, em oposição ao demônio?

17.  Sim, é isso mesmo. Pois a primeira mesa tinha comunhão com os demônios, essa, ao contrário, comunhão com Deus.

18.  «Ungiste de óleo minha cabeça». Com o óleo te ungiu a cabeça, sobre a fronte, pelo sinal que tens de Deus, a fim de que te tornes assinalado santo de Deus.

19.  «E teu cálice inebria-me como o melhor». Vês aqui mencionado o cálice que Jesus tomou em suas mãos e sobre o qual rendeu graças dizendo: «Este é o meu sangue, que é derramado por todos, em remissão dos pecados».

20.  Por isso também Salomão, aludindo a essa graça, disse: «Vem, come teu pão na alegria», o pão espiritual. «Vem» designa o apelo salutar e que faz bem-aventurado. «E bebe, de bom coração, teu vinho», o vinho espiritual.

21.  «Derrama o óleo sobre tua cabeça (vês aqui mais uma alusão à unção mística?) Traja sempre vestes brancas, já que Deus sempre favorece as tuas obras». «Pois agora Deus se agradou de tuas obras. Antes de te aproximares da graça eram tuas obras «vaidade das vaidades».

22.  Todavia agora, tendo despido as velhas vestes e revestido espiritualmente a veste branca, é necessário estar sempre vestido de branco.

23.  Não dizemos isso absolutamente porque é preciso estar trajado de branco, mas porque deves, em realidade, revestir a veste branca, brilhante e espiritual, a fim de dizeres com o bem-aventurado Isaías: «Com grande alegria me rejubilei no Senhor, porque me fez revestir a vestimenta da salvação e me cobriu com a túnica da alegria».

24.  Tendo aprendido e estando seguro de que o que parece pão não é pão, ainda que pareça pelo gosto, mas o corpo de Cristo, e o que parece vinho não é vinho, mesmo que o gosto o queira, mas o sangue de Cristo – e porque sobre isto dizia vibrando Davi: «O pão fortalece o coração do homem, para que no óleo se regozije o semblante» – fortalece o teu coração, tomando este pão como espiritual e regozije-se o semblante de tua alma.

25.  Oxalá, tendo a face descoberta, em consciência pura, contempleis a glória do Senhor, para ir de glória em glória, em Cristo Jesus Senhor Nosso, a quem a glória pelos séculos dos séculos. Amém. 

 

 

O que você destaca no texto?

Como o texto serve para a nossa Igreja?

Como contribui para sua espiritualidade?

 

  


Eucaristia – concorpóreos e consanguíneos.

Este ensinamento do bem-aventurado Paulo foi estabelecido como suficiente para vos assegurar acerca dos divinos mistérios, dos quais tendo sido julgados dignos, vos tornastes concorpóreos e consanguíneos com Cristo. Cirilo de Jerusalém (315-386). Catequese Mistagógico. Quarta Catequese Mistagógica.

Eucaristia – Corpo e Sangue.

Se ele em pessoa declarou e disse do pão: «Isto é o meu corpo», quem se atreveria a duvidar doravante? E quando Ele afirma categoricamente e diz: «Isto é o meu sangue», quem duvidaria dizendo não ser seu sangue? Outrora, em Caná da Galileia, por própria autoridade, transformou a água em vinho. Não será digno de fé quando transforma o vinho em sangue?  Cirilo de Jerusalém (315-386). Catequese Mistagógico. Quarta Catequese Mistagógica.

Eucaristia – um milagre maravilhoso.

Convidado às bodas corporais, realizou, este milagre maravilhoso. Aos companheiros do esposo não se concederá, com muito mais razão, a alegria de desfrutar do seu corpo e sangue? 

Eucaristia – Tornamos cristóforos.

Portanto, com toda certeza recebemo-los como corpo e sangue de Cristo. Em forma de pão te é dado o corpo, e em forma de vinho o sangue, para que te tornes, tomando o corpo e o sangue de Cristo, con-corpóreo e consanguíneo com Cristo.  Assim nos tornamos portadores de Cristo (cristóforos), sendo nossos membros penetrados por seu corpo e sangue.  Cirilo de Jerusalém (315-386). Catequese Mistagógico. Quarta Catequese Mistagógica.

Eucaristia - o pão e o vinho não são simples elementos.

Na nova aliança o pão celeste e o cálice de salvação santificam a alma e o corpo. Pois, como o pão se adequa ao corpo, assim o Verbo se harmoniza com a alma. Não consideres, portanto, o pão e o vinho como simples elementos. São, conforme a afirmação do Mestre, corpo e sangue. Se os sentidos isto te sugerem, a fé te confirma. Não julgues o que se propõe segundo o gosto, mas pela fé tem firme certeza de que foste julgado digno do corpo e sangue de Cristo.  Cirilo de Jerusalém (315-386). Catequese Mistagógico. Quarta Catequese Mistagógica.

Eucaristia -O pão é corpo e o vinho é sangue.

Tendo aprendido e estando seguro de que o que parece pão não é pão, ainda que pareça pelo gosto, mas o corpo de Cristo, e o que parece vinho não é vinho, mesmo que o gosto o queira, mas o sangue de Cristo – e porque sobre isto dizia vibrando Davi: «O pão fortalece o coração do homem, para que no óleo se regozije o semblante» – fortalece o teu coração, tomando este pão como espiritual e regozije-se o semblante de tua alma. Cirilo de Jerusalém (315-386). Catequese Mistagógico. Quarta Catequese Mistagógica.

Santidade – Vestes Brancas.

Todavia agora, tendo despido as velhas vestes e revestido espiritualmente a veste branca, é necessário estar sempre vestido de branco. Não dizemos isso absolutamente porque é preciso estar trajado de branco, mas porque deves, em realidade, revestir a veste branca, brilhante e espiritual, Cirilo de Jerusalém (315-386). Catequese Mistagógico. Quarta Catequese Mistagógica.

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Como comemorar o Advento

 


Como comemorar o Advento

Edson Cortasio Sardinha

O Advento começa com as vésperas do quarto domingo antes do Natal e termina antes das vésperas do Natal. Os domingos deste tempo se chamam 1º, 2º, 3º, e 4º do Advento. Os dias 16 a 24 de dezembro tendem a preparar mais especificamente as festas do Natal. O tempo do Advento tem uma duração de quatro semanas.

Podemos distinguir dois períodos. No primeiro deles, que se estende desde o primeiro domingo do Advento até o dia 16 de dezembro, aparece com maior relevo o aspecto escatológico e nos é orientado à espera da vinda gloriosa de Cristo. As leituras convidam a viver a esperança na vinda do Senhor em todos os seus aspectos: a) sua vinda ao fim dos tempos, b) sua vinda agora, cada dia, e b) sua vinda há dois mil anos.

No segundo período, que abarca desde 17 até 24 de dezembro, inclusive, se orienta mais diretamente à preparação do Natal. Somos convidados a viver com mais alegria, porque estamos próximos do cumprimento do que Deus prometera. Os evangelhos destes dias nos preparam diretamente para o nascimento de Jesus.

Temos quatro semanas nas quais de domingo a domingo vamos nos preparando para a vinda do Senhor.

A primeira das semanas do Advento está centralizada na vinda do Senhor ao final dos tempos. A liturgia nos convida a estar em alerta, mantendo uma especial atitude de conversão.

A segunda semana nos convida, por meio de João Batista a “preparar os caminhos do Senhor”; isso é, a manter uma atitude de permanente conversão. Jesus segue chamando-nos, pois a conversão é um caminho que se percorre durante toda a vida.

A terceira semana preanuncia já a alegria messiânica, pois já está cada vez mais próximo o dia da vinda do Senhor.

A quarta semana nos fala do advento do Filho de Deus ao mundo.

Quanto às leituras dominicais, as primeiras leituras são tomadas de Isaías e dos demais profetas que anunciam a Reconciliação de Deus e, a vinda do Messias.

Nos três primeiros domingos se recolhem as grandes esperanças de Israel e no quarto, as promessas mais diretas do nascimento de Deus. Os salmos responsoriais cantam a salvação de Deus que vem; são orações pedindo sua vinda e sua graça. As segundas leituras são textos de São Paulo ou das demais cartas apostólicas, que exortam a viver em espera da vinda do Senhor.

 A cor dos paramentos do altar e as vestes clericais é o roxo, igual à da Quaresma, que simboliza austeridade e arrependimento. São quatro os temas que se apresentam durante o Advento:

 

I Domingo: Vigilância

A vigilância na espera da vinda do Senhor. Durante esta primeira semana as leituras bíblicas e a prédica são um convite com as palavras do Evangelho: “Velem e estejam preparados, pois não sabem quando chegará o momento”. Nesta semana, acenderemos a primeira vela da Coroa do Advento, de cor roxa, como sinal de vigilância e desejo de conversão.

 

II Domingo: Arrependimento

            Conversão, nota predominante da predica de João Batista. Durante a segunda semana, a liturgia nos convida a refletir com a exortação do profeta João Batista: “Preparem o caminho, Jesus chega”. Qual poderia ser a melhor maneira de preparar esse caminho que busca a reconciliação com Deus? Acenderemos a segunda vela roxa da Coroa do Advento, como sinal do processo de conversão que estamos vivendo.

 

III Domingo: Alegria

O Evangelho nos relata a visita da Virgem à sua prima Isabel e nos convida a repetir como ela: “quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha a visitar-me?” Acendemos como sinal de esperança gozosa a terceira vela, de cor rosa, da Coroa do Advento. É chamado de Domingo Gaudete (Alegria).

 

IV Domingo: Celebração e Acolhida do natal

O anúncio do nascimento de Jesus feito a José e a Maria. As leituras bíblicas e a prédica, dirigem seu olhar à disposição de Maria, diante do anúncio do nascimento do Filho dela e nos convidam a “aprender de Maria e aceitar a Cristo que é a Luz do Mundo”. Como já está tão próximo o Natal, nos reconciliamos com Deus e com nossos irmãos; agora nos resta somente esperar a grande festa. Acenderemos a quarta vela da Coroa do Advento, de cor roxa.

O Lecionário Dominical do Advento

 

O novo calendário cristão adotado pelas igrejas nos anos 70 (Lecionário Comum)  cuidou de exprimir o significado do Advento: "O tempo do Advento tem uma dupla característica: é tempo de preparação para a solenidade do Natal, em que se recorda a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens e simultaneamente é o tempo no qual, através desta recordação, o espírito é conduzido à espera da segunda vinda de Cristo no final dos tempos".

Para cada domingo, Anos A, B e C, as leituras do Antigo Testamento, Epístolas e Evangelho vão discipulando os ouvintes no mistério da encarnação de Cristo e na espectativa de sua volta. Observe a tabela seguinte:

I

Vigilância:

A Esperança vigilante do Senhor

Cor Roxa

II

Arrependimento:

A Advertência de João Batista: Preparai os caminhos do Senhor

Cor Roxa

III

Alegria:

A Presença dos tempos messiânicos: Alegria

Domingo Gaudete

Cor Rosa

IV

 Celebração:

A Encarnação do Verbo

Cor Roxa

 


DOMINGO

Ano

PROFETA

APÓSTOLO

EVANGELHO

I - Esperança vigilante do Senhor

A

As nações se reúnem

Is 2, 1-5          

O dia está próximo

Rm 13, 11-14

Vigiai

Mt 24, 37-44

 

 

B

Oxalá Deus descesse

Is 63, 16-17.19;

O dia do Senhor

1 Cor 1, 3-9

Vigiai

Mc 13, 33-37

 

C

O germe de justiça

Jr 33, 14-16

O dia quando vier o Senhor

1 Ts 3, 12 - 4,2

Vigiai

Lc 21, 25-28.34-36

 

 

A

Sobre ele o Espírito do Senhor - Is 11, 1-10

As promessas realizadas em Jesus - Rm 15, 4-9

Preparai o caminho do Senhor - Mt 3, 1-12

 

B

Encher o vale

Is 40, 15.9-11

Céus novos e terra nova

2Pd 3, 8-14

Preparai o caminho do Senhor - Mc 1, 1-8

 

C

O Dia da Vinda do Senhor - Ml 3.1-4

O dia quando vier o Senhor

Fl 1,4-6.8-11

Preparai o caminho do Senhor - Lc 3, 1-6

.

A

As curas, sinais dos tempos - Is 35, 1-6.8.10

Paciência até a vinda do Senhor - Tg 5, 7-10

Curas e Sinais

Mt 11, 2-11

 

 

B

Boa nova aos pobres

Is 61, 1-2.10-11

Alegria pela vinda do Senhor

1Ts 5, 16-24

Cristo no meio de nós

Jo 1, 6-7.19-28

 

C

Alegria! Deus está em ti

Sf 3, 14-18

Alegria! O Senhor está aqui

Fl 4, 4-7          

Vem um mais poderoso

Lc 3, 10-18

 

A

Uma virgem dará à luz

Is 7, 10-14

Nascido de Davi segundo a carne - Rm 1, 1-7

Anúncio a José

Mt 1, 18-24

 

 

B

A tua casa para sempre diante de mim  - 2Sm 7, 1-5,8-12.14.16

O mistério revelado a todos - Rm 16, 25-27

Anúncio a Maria

Lc 1, 26-38

 

 

C

Aquela que deve dar à luz - Mq 5, 1-4

Cristo ao chegar diz: Eis-me - Hb 10, 5-10

Anúncio a Isabel

Lc 1, 39-48

 

                     

  A Teologia do Advento nos Anos A, B e C[1]

           

1º Domingo do Advento: A tonalidade de fundo que percorre o 1º domingo é a da espera vigilante do Senhor. Ele anuncia o seu retorno. Devemos estar alertas. As nações se reunirão. O dia está próximo (ciclo A). De fato, esperamos que o Senhor Jesus se revele. Quando vier, tudo será restaurado, o universo e cada um de nós (ciclo B). E preciso vigiar e estar pronto para comparecer de pé diante do Filho do homem. Um germe de justiça se instaurará no fim dos tempos, pelo que devemos estar firmes e irrepreensíveis (ciclo C).

 

2º Domingo do Advento: Se o reino dos céus está próximo, é mister preparar os caminhos. É o tema específico do 2º domingo do Advento. O Espírito está sobre o Senhor e nele as promessas são confirmadas (ciclo A). Preparar os caminhos significa preparar um mundo novo, uma terra nova (ciclo B). Devemos saber ver a salvação de Deus, cobrir-nos como manto da justiça e revestir-nos do esplendor da glória do Senhor (ciclo C).

 

3º Domingo do Advento: O 3º domingo apresenta os tempos messiânicos. Deus vem salvar-nos, a sua vinda está próxima, as curas são o sinal da sua presença (ciclo A). No meio de nós está alguém que não conhecemos. Exultamos pela presença de quem está marcado pelo Espírito (ciclo B). Um mais poderoso que João Batista deve chegar. Já está aqui. E esse o tempo da fraternidade e da justiça (ciclo C).

 4º Domingo do Advento: O 4º domingo do Advento anuncia a vinda iminente do Messias. José foi pré-advertido. Uma Virgem conceberá o Filho de Deus, Jesus Cristo, da estirpe de Davi (ciclo A). A notícia é comunicada a Maria. O trono de Davi será firme para sempre. O mistério calado por Deus durante séculos é agora revelado (ciclo B). Também Isabel agora sabe. De Judá sairá aquele que vai reger Israel. Ele vem para cumprir a vontade de Deus (ciclo C).

 

 

As quatro velas do advento: significado e orações

 

1º Domingo do Advento - Acende-se a PRIMEIRA VELA

"O tema do primeiro domingo do Advento é a Vigilância. Assim como as profecias foram cumpridas e Jesus nasceu em Belém, assim também as profecias sobre sua segunda vinda serão cumpridas e Jesus voltará para buscar a Igreja.

Esta primeira Vela chama-se Vigilância. Lembra que nossa fé precisa estar sempre acessa pela Graça do Senhor e pelo fogo do Espírito Santo. Jesus nasceu! Jesus morreu e ressuscitou! Jesus Voltará para buscar a Igreja! Que sejamos vigilantes fazendo a vontade do Senhor”.

 Oração:

"Deus Onipotente, dá-nos a graça de rejeitar as obras das trevas e vestir-nos das armas da luz, durante esta vida mortal, em que Teu Filho Jesus Cristo, com grande humildade, veio visitar-nos; a fim de que, no último dia, quando Ele vier em sua gloriosa majestade, para julgar os vivos e os mortos, ressuscitemos para a vida imortal, mediante Jesus Cristo, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, agora e sempre. Amém".

 

 2º Domingo do Advento - Acende-se a SEGUNDA VELA

O tema do segundo domingo do Advento é o arrependimento. Somos convidados pelo Senhor a nos arrepender das obras pecaminosas e caminhar em um novo caminho de vida, santidade, justiça e paz.

Esta segunda Vela chama-se Arrependimento. Que ouçamos a pregação de João Batista e venhamos a nos preparar para a segunda vinda de Jesus em glória celebrando o Natal do Senhor como ação profética.

 

Oração:

Deus Misericordioso, que enviaste teus mensageiros, os profetas, para pregar o arrependimento e preparar o caminho da nossa salvação; concede-nos a graça, para ouvirmos suas advertências e para abandonarmos os nossos pecados, a fim de saudarmos com alegria a vinda de Jesus Cristo, nosso Redentor, o qual vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

 

3º Domingo do Advento - Acende-se a TERCEIRA VELA (Rosa)

O tema do terceiro domingo do Advento é a Alegria. Este domingo é chamado Domingo Gaudete, domingo da Alegria.

Esta terceira vela chama-se Alegria. Alegramo-nos pelo nascimento de Jesus. Ele é a Salvação de Deus. Nosso coração transborda de alegria porque as profecias foram cumpridas e Jesus nasceu. Assim também as profecias irão se cumprir e Jesus voltará para buscar a Igreja. Alegramo-nos com o presépio, com a festa de Natal que se aproxima. Alegramo-nos com a Glória de Deus que se manifestou em Jesus: O Deus conosco.

 

Oração:

Senhor Jesus Cristo que, na tua primeira vinda, enviaste o precursor para preparar o teu caminho, concede à tua Igreja a graça e o poder para converter muitos ao caminho da justiça, a fim de que, na tua segunda vinda em glória, encontres um povo agradável aos teus olhos, ó Tu, que vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

 

4º Domingo do Advento - Acende-se a QUARTA VELA

O Tema do quarto domingo do Advento é o Natal do Senhor. Esta quarta vela chama-se Acolhimento. Somos convidados a Acolher o Menino Jesus e celebrar dignamente a solenidade de seu nascimento.

Esta quarta vela chama-se Celebração: Esta vela fala da preparação para a alegria do Natal. Acolhemos Jesus e aguardamos sua segunda vinda para buscar a Igreja. Jesus veio ao mundo para ser a nossa luz. Ele é a verdadeira Vela que ilumina nosso caminho. Acolhemos o Menino de Belém, sua mensagem, suas exortações e suas profecias. Acolhemos Jesus na Alegria do Natal que iremos celebrar na noite do dia 24 e no dia 25 de dezembro.

 Oração:

Ó Deus Onipotente, purifica a nossa consciência com tua visitação diária, para que o teu Filho Jesus Cristo, na sua vinda em glória, encontre em nós a morada preparada para Si; o qual vive e reina contigo, na unidade do Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

 

 



[1] Fonte: O ANO LITÚRGICO História, Teologia e Celebração - Anámnesis 5, vários autores, São Paulos: Paulinas 1991.