19
História Eclesiástica de Eusébio de
Cesaréia
Livro III
- Capítulos 06 a 08
Texto Bíblico: Mt 24:19-21.
VI - Sobre a fome que oprimiu os judeus
VII - Sobre
as profecias de Cristo
VIII -
Dos sinais que precederam a guerra
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1. Assim pois, se
tomas outra vez em tuas mãos o livro V das Histórias de Josefo, leia a
tragédia que lhes aconteceu então:
"Para
os ricos - diz - ficar era o mesmo que perder-se, pois, sob pretexto de que
deserdavam, assassinavam qualquer um pelos seus bens. Com a fome crescia o desespero dos rebeldes, e dia a dia
uma e outro se acendiam terrivelmente.
2. O trigo estava invisível, mas eles invadiam as casas e as revistavam.
Então, se o encontravam, maltratavam-nos por ter negado; se não o encontravam,
torturavam-nos por tê-lo escondido tão cuidadosamente. A prova de ter ou não ter eram os corpos dos desgraçados: os que ainda se agüentavam em pé
pareciam ter alimentos em abundância; os que já estavam consumidos eram
deixados em paz: parecia fora de propósito matar alguém que logo morreria de inanição.
3.
Muitos davam secretamente seus bens
em troca de uma medida de trigo se eram ricos; de
cevada os mais pobres. Trancavam-se no mais oculto de suas casas e, impelidos pela necessidade, uns comiam o trigo cru; outros o
coziam à medida que a necessidade e o medo ditavam.
4. Não se punha a
mesa, antes, tiravam do fogo a comida ainda crua e a devoravam. O alimento era
miserável e o espetáculo deplorável: os mais fortes tomando tudo e os fracos
lamentando-se.
5. A fome excede todos os
sofrimentos, mas nada ela destrói mais do que o senso de dignidade, pois o que
em outro tempo seria tido como digno de respeito é depreciado em tempo de fome.
Assim, as mulheres tiravam os alimentos da
própria boca dos maridos, os filhos da de seus pais e, o que é demasiado
lamentável, as mães das bocas de seus filhos, e enquanto os seres mais queridos
se consumiam entre suas mãos, nada os refreava de tirar-lhes as últimas gotas
que os permitiam viver.
6.
Mas, mesmo sendo esta sua comida,
não permanecia oculta. Por toda parte caíam-lhes em cima os rebeldes em busca
dessa presa. Quando viam uma casa fechada, era sinal de que os ocupantes tinham
conseguido comida, e imediatamente arrombavam as portas e se precipitavam para
dentro, e só lhes faltava apertar as gargantas e arrancar-lhes o bocado.
7.
Golpeavam os anciãos que não soltavam seus alimentos e
arrancavam o cabelo das mulheres que escondiam o que tinham nas mãos. Não havia
compaixão nem pelos velhos nem pelas crianças, mas levantavam as crianças que
seguravam seu bocado e as deixavam cair contra o solo. Com aqueles que,
adiantando-se a seu ataque, engoliam antes o que tentariam tirar-lhes, eram
ainda mais cruéis, como se tivessem sofrido uma injustiça.
8.
Usavam espantosos métodos de tortura
para descobrir comida: obstruíam a uretra dos desgraçados com grãos de
legumes e trespassavam-lhes o reto com varas pontiagudas. Padeciam-se tormentos
que espantam apenas por ouvi-los, até
confessar a posse de um único pedaço de pão e descobrir um só punhado de
farinha escondida.
9.
Mas os torturadores não passavam
fome alguma - sua crueldade seria menor se atendesse a uma necessidade -, mas
exercitavam seu louco orgulho e iam ajuntando provisões para os dias vindouros.
10.
Seguiam os que à noite se arrastavam até os postos romanos
para recolher legumes silvestres e ervas.
Quando estes pensavam que já haviam escapado dos inimigos, aqueles tiravam-lhes o que levavam, e muitas vezes,
se os infelizes suplicavam invocando pelo terrível nome de Deus que lhes
deixassem uma parte do que com tanto perigo tinham trazido, não lhes deixavam nem isto, e ainda podiam dar-se por
satisfeitos se, além de serem despojados, não eram assassinados."
11. A isto, depois
de outras coisas, acrescenta:
"Com o êxodo cortou-se para os judeus também toda esperança de
salvação, e a fome, abatendo-se sobre cada casa e cada família,
ia devorando o povo. Os terrenos enchiam-se de mulheres e de crianças de peito
mortos, e as vielas de cadáveres de anciãos.
12. Rapazes
e jovens, inchados, vagavam pelas praças como espectros e caíam mortos onde a
dor os colhesse. Os doentes não tinham forças para enterrar seus parentes, e os que teriam podido negavam-se,
por serem tantos os mortos e pela
incerteza de seu próprio destino. De fato, muitos caíam mortos junto aos que tinham acabado de enterrar, e muitos iam
a sua tumba antes que a
necessidade o impusesse.
necessidade o impusesse.
13.
Não havia lamentos nem choro por
estas calamidades: a fome afogava os sentimentos, e os que
lentamente morriam contemplavam com olhos secos os que morriam antes deles. Um
silêncio profundo e uma noite carregada de morte envolviam a cidade. E pior do
que tudo isto eram os ladrões.
14.
Penetravam nas casas como ladrões
de tumbas, despojavam os cadáveres e, depois de arrancar os
panos que cobriam os corpos, iam embora entre risadas. Testavam o
fio de suas espadas nos cadáveres e, provando o ferro, atravessavam alguns, que já caídos, ainda viviam. Mas se alguém lhes
pedia que utilizassem nele sua força
e sua espada, desdenhavam-no e abandonavam-no à fome. E todo o que
expirava olhava fixamente para o templo, porque deixava vivos atrás de si os
rebeldes.
15.
Estes, no começo, por não suportar
o fedor, mandavam enterrar os mortos às custas do tesouro público, mas logo,
quando não davam mais conta, atiravam-nos
sobre as muralhas aos barrancos. Quando Tito fez a ronda por aqueles barrancos e viu que estavam repletos de
cadáveres e o espesso líquido escuro
que manava por debaixo dos cadáveres em putrefação, pôs-se a gemer e levantando as mãos tomava a Deus por testemunha
de que aquilo não era obra sua."
16. Depois de
acrescentar mais algumas coisas, continua dizendo:
"Eu não poderia deixar de expressar o que o sentimento me ordena:
creio que, se os romanos tivessem demorado em sua ação contra os culpados, o
abismo teria engolido a cidade, ou as águas a teriam submergido, ou teria sido alcançada
pelos raios de Sodoma, pois a geração que continha era muito mais ímpia do que as que sofreram estes castigos. E pela demência
criminosa destas pessoas, o povo inteiro pereceu com elas."
17. E no livro VII escreve o seguinte:
"Foi infinito o número dos que pereceram na cidade por fome, e os
padecimentos eram indizíveis. Em cada casa havia guerra como se aparecesse em um canto uma sombra de comida, e os que mais se queriam entre si pegavam-se
aos tapas para tirar o miserável sustento da vida. Nem sequer nos moribundos
confiava a necessidade.
18. Os ladrões revistavam inclusive os que estavam expirando, para que alguém não escondesse
alimentos sob a roupa e fingisse estar morto. Outros, com a boca aberta por efeito da desnutrição, andavam
cambaleando e desancados como cães
raivosos e empurravam as portas como fazem os bêbados e, em sua impotência,
entravam nas mesmas casas duas ou três vezes em uma só hora.
19. A necessidade
fazia com que levassem tudo à boca, e quando recolhiam alimentos até indignos dos animais irracionais mais repugnantes,
levavam-no para comer escondido, a assim acabaram por não abster-se nem
dos cintos e dos calçados, tiravam as peles de seus escudos e as mastigavam. Para alguns até fiapos de ervas velhas eram
alimento, outros recolhiam fibras de plantas e vendiam uma porção mínima
por quatro dracmas áticos.
20. E o que haveria para dizer sobre a impudência das pessoas presas do desânimo? Porque vou mostrar uma obra sua que não está narrada nem entre os gregos nem entre
os bárbaros, espantosa de dizer, incrível de escutar. Eu pelo menos, para não dar a impressão de que estou
inventando para a posteridade, de
bom grado omitiria esta calamidade se não tivesse uma infinidade de testemunhos
contemporâneos meus. Além disso prestaria pouco serviço a minha pátria
se renunciasse a relatar os males que de fato padeceram.
21. Uma mulher das que
habitavam na outra margem do Jordão, chamada Maria,
filha de Eleazar, da aldeia de Batezor - nome que significa "casa de hissôpo" - notável por suas riquezas e sua
linhagem, fugiu para Jerusalém com o resto da multidão e com esta
compartilhava o assédio.
22. Os tiranos tiraram-lhe todos os bens que havia reunido e levado consigo à cidade desde Peréia. O resto de seu enxoval e o pouco alimento que encontraram foi sendo roubado por pessoas armadas que entravam a cada dia. Foi grande a
indignação daquela pobre mulher, que muitas vezes injuriava e maldizia os ladrões
para excitá-los contra si mesma.
23. Mas como ninguém a matava, movidos pela ira ou pela compaixão, e cansada de buscar alimentos para outros, que já eram impossíveis de encontrar em
parte alguma, com as entranhas e a medula trespassadas pela fome, tomou como conselheiras
a cólera e a necessidade e se lançou contra a natureza, agarrou o filho que
tinha - criança ainda de peito - e disse:
24. Criatura desgraçada! Em meio à guerra, à fome e à revolta, para quem vou
guardar-te? Entre os romanos, se por acaso cairmos vivos em suas mãos, a escravidão; mas a fome se antecipa à própria escravidão e os rebeldes são ainda piores do que ambas as coisas. Eia! Seja alimento para mim, maldição
para
os rebeldes e fábula para o mundo: a única coisa que faltava às calamidades dos
judeus!
25. E enquanto dizia estas coisas, deu morte a seu filho. Depois assou-o e
comeu a metade; o resto guardou escondido. Em seguida
apareceram os rebeldes, e farejando a ímpia exalação, ameaçaram a mulher de degolá-la
imediatamente se não lhes mostrasse o que tinha preparado. Ela então lhes
disse que para eles guardara uma boa porção
e revelou o que restava de seu filho.
26. O horror e o pasmo
surpreendeu-os na hora e ficaram cravados no lugar diante daquele espetáculo.
Mas ela disse: é meu próprio filho e eu o fiz. Comei, pois também eu comi. Não sejais mais brandos do que uma mulher nem mais compassivos do que uma mãe. Mas se por
escrúpulos piedosos recusais meu
sacrifício, eu já comi por vós, fique o resto também para mim.
27.
Depois disto, aqueles foram-se
tremendo: foi a única vez em que se acovardaram e que, de malgrado, cederam à
mãe tal comida. Em seguida a cidade inteira encheu-se de horror, e todo o
mundo estremeceu ao ser-lhe apresentado frente aos olhos aquele crime como
sendo seu próprio. 28. E entre os esfomeados havia pressa para morrer e uma
certa inveja pelos que haviam se adiantado
morrendo antes de ouvir e contemplar semelhantes horrores."
Esta foi a recompensa dos judeus por sua iniqüidade e impiedade para com o Cristo de Deus.
VII - Sobre as
profecias de Cristo
1.
É justo acrescentar a pregação
infalível de nosso Salvador pela qual mostrava estas mesmas coisas quando
profetizava assim: Aí das que
estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias!
Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado; porque nesse
tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não
tem havido, nem haverá jamais[1].
2.
Somando o número total de mortos, o escritor diz que pela
fome e pela espada pereceram um milhão e
cem mil pessoas; que os rebeldes e bandidos que ainda sobraram foram se denunciando uns aos outros depois da tomada da cidade e foram executados; que os jovens mais
esbeltos e que sobressaíam por sua
beleza física foram reservados para a cerimônia do "triunfo", e do resto da população, os que passavam de dezessete
anos, uns eram enviados acorrentados aos trabalhos forçados no Egito, e
outros, mais numerosos, foram distribuídos pelas províncias para fazê-los
perecer nos teatros pela espada ou pelas feras; e os que ainda não tinham
chegado aos dezessete anos eram conduzidos
cativos para serem vendidos. Somente destes o número dava um total de
uns noventa mil[2].
3.
Estes acontecimentos ocorreram deste modo no segundo ano do
império de Vespasiano[3], segundo as
predições de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que, por seu divino
poder, havia visto de antemão estas mesmas coisas
como se já estivessem presentes e havia chorado e soluçado, segundo a
Escritura dos sagrados evangelistas, que inclusive acrescentam suas próprias
palavras: umas, as que disse dirigindo-se à mesma Jerusalém:
4. Se tu conheceras
ao menos neste dia o que diz respeito a tua paz! Mas agora está oculto aos teus olhos. Porque virão dias sobre ti, e teus
inimigos te rodearão de paliçadas, te cercarão e por todos os lados te
apertarão. E te assolarão a ti e a teus filhos[4].
5.
E outras como referindo-se ao povo:
Porque haverá grande necessidade sobre a terra e ira contra este povo. E
cairão ao fio da espada e serão levados
cativos a todas as nações. E Jerusalém será pisoteada pelos gentios, até que sejam cumpridos os tempos destes povos[5].
E outra vez: E quando virdes Jerusalém cercada por exércitos, sabei então que terá chegado sua desolação[6].
6. Se alguém comparar as palavras de nosso Salvador com os demais relatos do escritor acerca
da guerra inteira, como não ficar admirado e confessar como verdadeiramente divinas e sobrenaturalmente prodigiosas a
presciência e a predição de nosso Salvador?
7. Portanto, sobre o
acontecido à nação inteira depois da paixão do Salvador e dos gritos com os quais a plebe judia pediu para livrar da morte o
ladrão e assassino e suplicou que
tirassem de seu meio o autor da vida, não haverá necessidade de
acrescentar nada à narrativa.
8. Contudo, seria
justo acrescentar o que poderia ser significativo sobre o amor da divina
providência aos homens, pois retardou a destruição dos culpados durante quarenta anos completos depois de seu crime contra
Cristo. Durante estes anos, numerosos apóstolos e discípulos, e o
próprio Tiago, primeiro bispo dali e chamado
irmão do Senhor, que ainda viviam e moravam na mesma cidade de Jerusalém, mantinham-se fiéis ao lugar como
fortíssima muralha.
9. A providência divina até aquele momento mostrava sua grande paciência, para o caso de que
se arrependessem de seu feito e alcançassem assim o perdão e a salvação; e como se tal longanimidade fosse pouco, deixava
ver sinais divinos extraordinários do
que lhes sucederia se não se arrependessem. Também estes sinais foram considerados notáveis pelo autor citado. Nada
melhor do que oferecê-los aos que lêem esta obra.
VIII - Dos
sinais que precederam a guerra
1. Toma pois, e lê o que apresenta no livro VI de suas Histórias
com estas palavras:
"Naquele
tempo os impostores e os que levantavam tais calúnias contra Deus pervertiam o
povo miserável, de forma que nem percebiam nem davam crédito a tais prodígios
bem claros que anunciavam de antemão a iminente desolação; antes, como se
aturdidos por um raio e como se não tivessem olhos nem alma, faziam ouvidos
surdos às mensagens de Deus.
2.
Estas foram: um astro que se deteve
sobre a cidade, semelhante a uma espada de dois gumes, e um
cometa que durou todo um ano. Outra vez foi quando, antes da insurreição e dos distúrbios que levaram à guerra, estando o povo
reunido para celebrar a festa dos ázimos, no oitavo dia do
mês de Jantico, à nona hora da noite, brilhou sobre o altar e o templo uma luz
tão grande que poder-se-ia pensar que era dia, e isto durou uma meia hora. Aos
ignorantes poderia parecer um bom sinal, mas os
escribas interpretaram-no corretamente antes que os fatos ocorressem.
3. E na mesma festa,
uma vaca que o sumo sacerdote conduzia ao sacrifício pariu um cordeiro no meio
do templo.
4. E a porta oriental do interior, que era de bronze e muito pesada, e que
havia sido fechada ao anoitecer com dificuldade por vinte
homens que a trancaram solidamente com ferrolhos presos
com ferro, além de ter gonzos profundos, abriu-se sozinha à sexta hora da noite.
5.
E passada a festa, não muito
depois, no vigésimo primeiro dia de Artemisio, apareceu um fantasma demoníaco
de tamanho incrível. E o que se passará a dizer poderia parecer mentira se não
tivesse sido contado pelos mesmos que o
viram e se os sofrimentos que se seguiram não fossem dignos destes sinais. De fato, antes do pôr-do-sol, apareceram
pelo ar em redor de toda a região carros e falanges armadas que se
lançavam através das nuvens e rodeavam as cidades.
6.
E na festa chamada Pentecostes, à
noite, entrando os sacerdotes no templo, como de costume, para exercer suas
funções, dizem que primeiramente perceberam movimento e ruído de golpes, e logo
um grito em uníssono: Saiamos daqui!
7.
E o que é mais terrível: um homem
chamado Jesus, filho de Ananías, homem simples, camponês, quatro anos antes da
guerra, quando a cidade desfrutava da maior paz e do máximo esplendor, veio à
festa, pois era costume que todos erigissem
tendas em honra a Deus[7], e de repente
começou a gritar pelo templo: Voz do
oriente! Voz do ocidente! Voz dos quatro ventos! Voz sobre Jerusalém e sobre o templo! Voz dos recém-casados e
casadas! Voz sobre todo o povo! Dia e noite gritava isto por todas as
vielas.
8.
Mas alguns cidadãos notáveis, irritados pelo mau agouro,
prenderam o homem e maltrataram-no,
enchendo-o de feridas. Mas ele, que não falava em proveito próprio nem por conta própria, continuava gritando aos
presentes o mesmo que antes.
9.
Pensando então os chefes que a agitação daquele homem era
algo demoníaco, conduziram-no ante o procurador romano[8].
Ali, dilacerado com açoites até os ossos, não suplicou nem derramou uma
lágrima, mas, tornando sua voz tão chorosa quanto possível, a cada ferida
respondia: Ai, ai de Jerusalém!"
10.
Comenta o mesmo Josefo outro fato mais extraordinário. Diz
que nas escrituras sagradas encontrou-se um oráculo com este conteúdo: que
naquele tempo alguém saído de seu país regeria o mundo. O próprio Josefo
concluiu que o oráculo tinha sido cumprido em Vespasiano[9].
11.
Mas este não governou a todo o mundo, mas somente à parte
submetida aos romanos. Seria pois mais justo referi-lo a Cristo, a quem o Pai
havia dito: Pede-me e te darei nações como herança e os confins da terra
como tua possessão[10].
Pois bem, por este mesmo tempo chegara a toda a terra a voz dos
santos apóstolos e aos confins do mundo suas palavras[11].
O que mais te chamou a
atenção neste texto?
O que o texto contribui
para a sua espiritualidade?
[1] Mt
24:19-21.
[2] Os
números dados por Josefo e citados por Eusébio devem ser exagerados levando em
conta a população da Palestina na época. Para Tacitus os assediados em
Jerusalém eram uns 600.000. Josefo cita como total de prisioneiros para toda
duração da guerra o número de 97.000, de todas as idades.
[3]
Exatamente em setembro do ano 70.
[4] Lc
19:42-44.
[5] Lc
21:23-24.
[6] Lc
21:20.
[8] Luceius
Albinus, procurador entre 62 e 64.
[9] Não se
sabe em que passagem da escritura poderia encontrar-se este oráculo.
[10] Sl 2:8.
[11] Rm
10:18.
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