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Estudo sobre os Pais da Igreja: Vida e Obra
Justino Mártir (†165)
I Apologia:
Introdução e Capítulos 1 ao 12
INTRODUÇÃO
À I APOLOGIA
Data
de Composição
A data da
composição desta obra pode ser deduzida de alguns dados internos. O primeiro
está emana própria dedicatória: ela é dirigida "Ao imperador Tito Élio
Adriano Antonino Pio César Augusto, ao seu filho Veríssimo, filósofo, a Lúcio,
filho natural do César Augusto, ao seu filho adotivo de Pio, amante do saber,
ao sacro Senado e a todo o povo romano". Ora, estes imperadores reinaram
do ano 147 ao ano 161. A Apologia deve ter sido escrita ao longo destes 15
anos. Segundo, no capítulo 46,1, Justino menciona que uma das objeções contra a
doutrina cristã era a de "dizermos que Cristo nasceu somente há cento e cinquenta
anos sob Quirino e ensinou sua doutrina mais tarde, no tempo de Pôncio
Pilotos". Embora se deva tomar o ano cento e cinquenta como um
arredondamento, pode-se pensar que a redação da I Apologia não se deu antes
desta data. Finalmente, no capítulo 29,2-3, Justino menciona o caso de um jovem
cristão que recorreu ao prefeito Félix de Alexandria, suplicando-lhe interceder
junto ao governador da província uma licença para se castrar. Ora, os
especialistas identificam o prefeito Félix como Minúcio Félix, o qual reinou em
Alexandria do ano 148 a 154. A I Apologia, portanto, deve ter sido escrita por
volta de 155.
I
APOLOGIA DE JUSTINO DE ROMA
1. Ao imperador
Tito Élio Adriano Antonino Pio César Augusto, ao seu filho Veríssimo, filósofo,
e a Lúcio, filho natural do César, filósofo e filho adotivo de Pio, amante do
saber, ao sacro Senado e a todo o povo romano. Em prol dos homens de qualquer
raça que são injustamente odiados e caluniados, eu, Justino, um deles, filho de
Prisco, que o foi de Báquio, natural de Flávia Neápolis na Síria Palestina,
compus este discurso e esta súplica. 2. A razão exige dos que são
verdadeiramente piedosos e filósofos que, desprezando as opiniões dos antigos
se estas são más, estimem e, amem apenas a verdade. De fato, o raciocínio
sensato não só exige que se abandonem aos que realizaram e ensinaram algo
injustamente, mas também que o amante da verdade, de todos os modos e acima da
própria vida, mesmo que seja ameaçado de morte, deve estar sempre decidido a
dizer e praticar a justiça. Vós ouvis em toda parte que sois chamados piedosos
e filósofos, guardiões da justiça e amantes da instrução; mas que o sejais
realmente, é coisa que deverá ser demonstrada. 3 Com o presente escrito, não
pretendemos bajular-vos, nem dirigir-vos um discurso como mero agrado, mas
pedir-vos que realizeis o julgamento contra os cristãos conforme o exato
discernimento da investigação, e não deis a sentença contra vós mesmos, levados
pelo preconceito ou pelo desejo de agradar homens supersticiosos, ou movidos
por impulso irracional ou por boato crônico. De fato, vos dizemos: estamos
convencidos de que, através de ninguém, pode ser feito algum mal a nós,
enquanto não se demonstrar que somos praticantes da maldade ou nos reconheçamos
como malvados. Vós podeis matar-nos, mas não condenar-nos.
3. 1 Para que
não se pense que se trata de alguma fanfarronada nossa e opinião audaciosa,
pedimos sejam examinadas as acusações contra os cristãos. Se for demonstrado
que são reais, castiguem-nos como é conveniente que sejam castigados os réus
convictos; porém, se não há nenhum crime para interrogá-los, o verdadeiro
discurso proíbe que, por um simples boato malévolo, se cometa injustiça contra
homens inocentes ou, melhor dizendo, a cometais contra vós mesmos, que
acreditais ser justo que os assuntos sejam resolvidos não por julgamento, mas
por paixão. 2 Com efeito, todo homem sensato manifestará que a melhor
exigência, ou ainda mais, que a única exigência justa é que os súditos possam
apresentar uma vida e um pensar irrepreensíveis e que, por outro lado,
igualmente os mandantes dêem sua sentença, não levados pela violência e
tirania, mas segundo a piedade e a filosofia. Só assim governantes e governados
podem gozar de felicidade. 3 Foi assim que, em algum lugar, um dos antigos
disse: "Se os governantes e os governados não forem filósofos, não é
possível os Estados prosperarem." 4 Cabe a nós, portanto, expor ao exame
de todos a nossa vida e os nossos ensinamentos, para que não nos tornemos
responsáveis pelo castigo daqueles que, ignorando a nossa religião, pecam por
cegueira contra nós. Contudo, o vosso dever é também ouvir-nos e mostrar-vos
bons juízes. 5 Com efeito, daqui para frente, informados como estais, caso não
ajais com justiça, não tereis nenhuma desculpa diante de Deus.
Não se deve castigar um nome
4.1 Não se deve
julgar que alguém seja bom ou mau por levar um nome, se prescindimos das ações
que tal nome supõe. Além disso, se se examina aquilo de que nos acusam, somos
os melhores homens. 2 Todavia, como não consideramos justo pretender que nos
absolvam por nosso nome se estamos convictos de maldade; do mesmo modo, se nem
por nosso nome, nem por nossa conduta se constata que tenhamos cometido crime,
o vosso dever é empenhar-vos para não vos tornardes responsáveis de castigo,
condenando injustamente aqueles que não foram convencidos judicialmente. 3 Com
efeito, em sã razão, de um nome não se pode originar elogio ou reprovação, se
não se puder demonstrar por fatos alguma coisa virtuosa ou vituperável. 4 Não
castigais ninguém que foi acusado diante dos vossos tribunais antes que ele
seja réu convicto. Contudo, quando se trata de nós, tomais o nome como prova,
sendo que, se for pelo nome, deveríeis antes castigar os nossos acusadores. 5
De fato, acusam-nos de ser cristãos, isto é, bons, mas odiar o que é bom não é
coisa justa. 6 AIém disso, basta que um acusado negue com a palavra ser
cristão, vós o pondes em liberdade, como quem não tem outro crime a ser
acusado; mas quem confessa que é cristão, vós o castigais apenas por essa
confissão. O que se deveria fazer é examinar a vida tanto daquele que confessa,
como daquele que nega, a fim de pôr às claras, por suas obras, a qualidade de
cada um. 7 De fato, da maneira como alguns, apesar de terem aprendido de seu
mestre Cristo a não negá-lo, são induzidos a isso ao serem interrogados; da
mesma forma, com sua vida má, eles talvez dêem motivo àqueles que estão
dispostos a caluniar de impiedade e iniqüidade todos os cristãos. 8 Mas nem
nisso se procede retamente. Sabe-se que o nome e a aparência de filósofo,
alguns se arrogam sem terem praticado nenhuma ação digna de sua profissão, e
não ignorais que aqueles dos antigos que professam opiniões e doutrinas
contrárias entram todos na denominação comum de filósofos. 9 Entre eles, houve
os que ensinaram o ateísmo, e os que foram poetas contam as imprudências de
Zeus com seus filhos. Todavia, não proibis ninguém de professar as doutrinas
deles; ao contrário, dais prêmios e honras para aqueles que clara e
elegantemente insultam os vossos deuses.
A obra dos demônios
5. 1 O que pode
haver nisso? Nós fizemos profissão de não cometer nenhuma injustiça e não
admitir essas ímpias opiniões. Vós, porém, não examinais nossos juízos, mas,
movidos de paixão irracional e aguilhoados por demônios perversos, nos
castigais sem nenhum processo e sem sentir remorso algum por isso. 2 Digamos a
verdade: antigamente, alguns demônios perversos, fazendo suas aparições,
violaram as mulheres, corromperam os jovens e mostraram espantalhos aos homens.
Com isso, ficaram apavorados aqueles que não julgavam pela razão as ações
praticadas e assim, levados pelo medo e não sabendo que eram demônios maus,
deram-lhes nomes de deuses e chamaram cada um com o nome que cada demônio havia
posto em si mesmo. 3 Quando Sócrates, com raciocínio verdadeiro e investigando
as coisas, tentou esclarecer tudo isso e afastar os homens dos demônios, estes
conseguiram, por meio de homens que se comprazem na maldade, que ele também
fosse executado como ateu e ímpio, alegando que ele estava introduzindo novos
demônios. Tentam fazer o mesmo contra nós. 4 De fato, por obra de Sócrates, não
só entre os gregos se demonstrou pela razão a ação dos demônios, mas também
entre os bárbaros, pela razão em pessoa, que tomou forma, se fez homem e foi
chamado Jesus Cristo. Pela fé que nele temos, não dizemos que os demônios que
fizeram essas coisas são bons, mas demônios malvados e ímpios, que não alcançam
ou praticam ações semelhantes, nem mesmo aos homens que aspiram à virtude.
Não somos ateus
6. 1 Por isso,
também nós somos chamados de ateus; e, tratando-se desses supostos deuses,
confessamos ser ateus. Não, porém, do Deus verdadeiríssimo, pai da justiça, do
bom senso e das outras virtudes, no qual não há mistura de maldade. 2 A ele e
ao Filho, que dele veio e nos ensinou tudo isso, ao exército dos outros anjos
bons, que o seguem e lhe são semelhantes, e ao Espírito profético, nós cultuamos
e adoramos, honrando-os com razão e verdade, e ensinando generosamente, a quem
deseja sabê-lo a mesma coisa que aprendemos.
Não castigueis nossos acusadores
7.1 Poderão nos
objetar que alguns detidos foram condenados como malfeitores. 2 Pode ser.
Contudo, muitas vezes condenais muitos outros, depois de averiguar a vida de
cada um dos acusados, mas não os condenais pelos motivos de que antes foram
condenados. 3 De modo geral, não há inconveniente em confessar que, da mesma
forma que entre os gregos, aos que seguem as opiniões que lhes agradam todo
mundo lhes dá o nome de filósofos, como também entre os bárbaros levam um nome
comum os que foram e pareceram sábios, o mesmo acontece com os cristãos. 4 Nós
vos pedimos, portanto, que sejam examinadas as ações de todos os que vos são
denunciados, a fim de que o culpado seja castigado como iníquo, mas não como
cristão; por outro lado, aquele que for comprovadamente inocente, seja
absolvido como cristão, por não ter cometido nenhum crime. 5 Com efeito, não pedimos
que castigueis os nossos acusadores, pois eles já padecem bastante com a
maldade que levam consigo e com a sua ignorância do bem.
Não queremos mentir
8. 1 Considerai
que vos dissemos essas coisas para o vosso interesse, pelo fato de que está em
nós a possibilidade de negar, quando somos interrogados. 2 Todavia, não
queremos viver na mentira, pois, desejando a vida eterna e pura, aspiramos à
convivência com Deus, Pai e artífice do universo. E, por isso, nós nos
apressamos a confessar a nossa fé, pois estamos persuadidos e acreditamos que
esses bens podem ser conseguidos por aqueles que por suas obras demonstraram
ter seguido a Deus e desejado sua convivência, onde nenhuma maldade poderá nos
atingir. 3 De fato, dizendo de maneira breve, isso é o que esperamos, isso é o
que aprendemos de Cristo e ensinamos. 4 De modo semelhante, Platão também disse
que Minos e Radamante castigarão os iníquos que se apresentam diante deles. Nós
afirmamos que isso acontecerá, mas através de Cristo, e que o castigo que receberão
em seus corpos unidos às suas almas será eterno, e não só por um período de mil
anos, como ele disse. Se alguém diz que isso é incrível ou impossível, nós é
que fomos enganados e não outro, até que não sejamos acusados de ter cometido
alguma injustiça em nossas ações.
Vaidade da idolatria
9. 1 Também não
honramos, com muitos sacrifícios e coroas de flores, esses que os homens,
depois de darlhes forma e colocá-los nos templos, chamam de deuses. Com efeito,
sabemos que são coisas sem alma e mortas, que não têm forma de Deus. Nós não
cremos que Deus tenha semelhante forma, que alguns dizem imitar para
tributar-lhes honra. Na verdade, o nome e figura que levam são daqueles maus
demônios que um dia apareceram no mundo. 2 Por acaso, é preciso explicar-vos,
se já o sabeis, a maneira como os artesãos dispõem a matéria, ora polindo e
cortando, ora fundindo e cinzelando? 3 Não só consideramos isso irracional, mas
também um insulto a Deus, pois, tendo ele glória e forma inefável, dá-se o nome
de Deus a coisas corruptíveis e que necessitam de cuidado. Muitos, apenas
mudando a figura e dando forma conveniente através da arte, dão o nome de deus
àquilo que serviu de instrumento ignominioso. 4 E vós sabeis perfeitamente que
os artesãos de tais deuses são pessoas dissolutas, que vivem envoltas na
maldade, o que não vou contar aqui em pormenores. Entre eles não faltam os que
corrompem as escravas que trabalham ao lado deles. 5 É estupidez dizer que
homens intemperantes fabricam e transformam deuses para ser adorados e que tais
pessoas servem como guardas dos templos nos quais aqueles são colocados! E não
percebem que já é impiedade pensar ou dizer que os homens podem ser guardiões
dos deuses!
O melhor sacrifício é a virtude
10. 1 Além
disso, aprendemos que Deus não tem necessidade de nenhuma oferta material dos
homens, pois vemos que é ele quem nos concede tudo. Em troca, nos foi ensinado,
e disso estamos persuadidos e assim o cremos, que lhe são gratos somente
aqueles que lhe procuram imitar os bens que lhe são próprios: o bom senso, a
justiça, o amor aos homens e tudo o que convém a um Deus que não pode ser
chamado por nenhum nome imposto. 2 Também nos foi ensinado que, por ser bom, no
princípio ele fez todas as coisas de uma matéria informe, por amor aos homens.
Recebemos a crença de que ele concederá a sua convivência, participando do seu
reino, tornados incorruptíveis ou impassíveis, aos homens que por suas obras se
mostrem dignos do desígnio de Deus. 3 De fato, do mesmo modo como no princípio
nos fez do não ser, assim também cremos que àqueles que escolheram o que lhe é
grato, concederá a incorruptibilidade e a convivência com ele, como prêmio
dessa mesma escolha. 4 Com efeito, ser criados no princípio não foi mérito
nosso; mas agora ele nos persuade e nos conduz à fé para que sigamos o que lhe
é grato, por livre escolha, através das potências racionais, com que ele mesmo
nos presenteou. 5 Consideramos ainda ser de interesse para todos os homens que
não se impeça a eles de aprender estes ensinamentos, mas sejam exortados neles.
6 De fato, o que as leis humanas não conseguiram, o Verbo divino já o teria
realizado, se os malvados demônios não tivessem espalhado muitas calúnias ímpias,
tomando como aliada a paixão que habita em cada um, má para tudo e multiforme
por natureza; nós não temos nada a ver com essas calúnias.
Nosso reino não é deste mundo
11. 1 Até vós,
apenas ouvindo que esperamos um reino, logo supondes, sem nenhuma averiguação,
que se trata de reino humano, quando nós falamos do reino de Deus. Isso aparece
claro pelo fato de que, ao sermos interrogados por vós, confessamos ser
cristãos, sabendo como sabemos que tal confissão traz consigo a pena de morte.
2 De fato, se esperássemos um reino humano, o negaríamos para evitar a morte e
procuraríamos viver escondidos, a fim de conseguir o que esperamos; mas como
não depositamos nossa esperança no presente, não nos importamos que nos matem,
além do que, de qualquer modo, haveremos de morrer.
Somos vossos aliados para a paz
12. 1 Somos
vossos melhores ajudantes e aliados para a manutenção da paz, pois professamos
doutrinas, como a de que não é possível ocultar de Deus o malfeitor, o avaro, o
conspirador ou o homem virtuoso, e que cada um caminha para o castigo ou
salvação eterna, conforme o mérito de suas ações. 2 Com efeito, se todos os
homens conhecessem isso, ninguém escolheria por um momento a maldade, sabendo
que caminharia para sua condenação eterna pelo fogo, mas se conteria de todos
os modos e se adornaria com a virtude, a fim de conseguir os bens de Deus e
livrar-se dos castigos. 3 De fato, aqueles que agora, por medo das leis e dos
castigos por vós impostos, ao cometer seus crimes procuram escondê-los, porque
sabem que sois homens e que, por isso, é possível ocultá-los de vós, se se
inteirassem e se persuadissem de que não se pode ocultar nada a Deus, não só
uma ação, mas sequer um pensamento, ao menos por causa do castigo se moderariam
de todos os modos, como vós mesmos haveis de convir. 4 Todavia, até parece que
temeis que todos se decidam a fazer o bem e não tenhais a quem castigar, coisa
que conviria melhor a verdugos do que a príncipes bons. 5 Estamos persuadidos,
porém, de que isso também, como dissemos, é obra dos demônios perversos, os
quais exigem sacrifícios e culto dos que vivem irracionalmente; contudo, jamais
supusemos que vós, amantes da piedade e da filosofia, façais algo
irracionalmente. 6 Mas se também tendes mais estima pelo costume do que pela
verdade, fazei o que podeis; sabei, porém, que os governantes que colocam a
opinião acima da verdade só podem fazer o que fazem os bandidos em lugar
despovoado. 7 Que isso, porém, não vos será de bom augúrio, o Verbo o
demonstra, ele que é o rei mais alto, o governante mais justo que conhecemos,
depois de Deus que o gerou. 8 Com efeito, do mesmo modo como todos recusam a
pobreza, o sofrimento e a desonra paterna, assim também não haverá homem
sensato que aceite aquilo que a razão ordena não aceitar. 9 Que tudo isso
aconteceria, como digo, o predisse nosso Mestre, que é ao mesmo tempo filho e
legado de Deus pai e soberano do universo, Jesus Cristo, do qual também
originou-se o nosso nome de cristãos. 10 Disso provém nossa firmeza em aceitar
seus ensinamentos, pois se manifesta realizado tudo quanto ele predisse que
aconteceria. Eis a obra de Deus: dizer as coisas antes que aconteçam e depois
mostrar o acontecido tal qual ele foi predito. 11 Poderíamos terminar aqui o
nosso discurso, sem acrescentar mais nada, considerando que pedimos coisas
justas e verdadeiras. Todavia, como sabemos não ser fácil mudar às pressas uma
alma possuída pela ignorância, determinamos acrescentar mais alguns breves
pontos, a fim de persuadir os amantes da verdade, pois sabemos que quando esta
é proposta, a ignorância bate em retirada.
·
O
que você destacou neste texto?
·
Como
este texto serviu para seu crescimento espiritual?
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