segunda-feira, 16 de abril de 2018

45 - Teófilo de Antioquia (†182) Biografia


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Estudo sobre os Pais da Igreja: Vida e Obra
Teófilo de Antioquia (†182)
Biografia


Teófilo de Antioquia foi teólogo, escritor e apologista. Foi eleito o sexto bispo de Antioquia, na Síria. Seu episcopado durou entre 169 e 182.
Antioquia nasceu em uma família de pagãos. A cidade era próxima ao rio Eufrates, na região mais distante do Império Romano e já mais aproximada da Pérsia. Quando criança, teve importante formação literária. Nesses estudos, acabou conhecendo a Bíblia e se converteu ao cristianismo.
Não há muitas informações sobre a vida de Antioquia, mas há indícios de que ele teria sido o quinto sucessor de Pedro em solo sírio.
Há relatos, citações e comentários do autor. A escrita apologética, dividida em três partes, acabou sendo direcionada a um amigo chamado Autólico – “Três Livros a Autólico”.
A obra defende os representantes do cristianismo que continuavam a ser perseguidos pelo Império Romano.
Na Antiguidade, Autólico nada mais era do que a encarnação das pessoas pagãs que não eram raras ali no final do século II.
A escrita elegante de Antioquia era marcada por linguagem clara e bom debate com as críticas. Ele convidava os leitores a serem mais profundos no que diz respeito à fé cristã.
Defendeu, com veemência, os ideais e morais da fé cristã.

Obra e principais traços literários
Fez um importante comentário ao livro de Gênesis e montou algumas alegorias. Escreveu também o “Comentário aos Evangelhos”.
Dentre os autores cristãos, Teófilo de Antioquia foi o primeiro a querer explicar como os livros do Novo Testamento vieram a partir da inspiração dos autores. Ele comparava tais livros à qualidade do Antigo Testamento.
Em termos de doutrina, sempre foi adepto à doutrina da Santíssima Trindade. Apresentou as distinções entre as Pessoas.
Foi o criador do termo “Τριας” – “Trias”, que quer dizer unidade em três diferentes pessoas divinas. Aqui está a origem do nome Trindade.

Expressões como “Logos endiáthetos” –passou a corresponder a “Logos “imanente” ou “eterno” (“imanente”), significa que está com Deus e em Deus ou Deus-Pai desde a eternidade.
Já o “Logos proforikós”, no seu entender quer dizer “Logos “proferido” ou “emitido” uma espécie de matriz e instrumento da criação bem expresso nos dias iniciais. “Logos encarnado”.
“Logos imanente” significa Jesus na fundação do mundo, eterno, com Deus e em Deus Pai.
“Logos proferido” significa Jesus encarnado, ou a partir da encarnação. Com o corpo formado no ventre da mulher.

Na sua obra contra Autólico, Teófilo procura, com enorme elegância e clareza de linguagem, debater as críticas contra os cristãos e convidar o seu possível leitor a ousar aprofundar os seus conhecimentos acerca da fé cristã, defendendo, ainda, a moral exemplar dos cristãos.
Estamos diante do ao último apologista de renome do século II e o único, dentre eles, elevado ao episcopado.
Eusébio de Cesaréia nos informa que “da Igreja de Antioquia, Teófilo é conhecido como o sexto bispo depois dos apóstolos” (HE, IV,20).
Sua cultura revela que recebera excelente educação grega. Sua família era pagã. Converteu-se ao cristianismo já adulto, através da leitura dos profetas, especialmente.
Exortando seu interlocutor Autólico a crer, revela Teófilo o processo de sua conversão: “Eu também não acreditava que isso existisse, mas agora, depois de refletir muito, eu creio; ao mesmo tempo, li as Sagradas Escrituras dos santos profetas, os quais inspirados pelo Espírito de Deus, predisseram o passado como aconteceu, o presente tal como acontece e o futuro tal como se cumprirá. Por isso, tendo a prova das coisas acontecidas depois de terem sido preditas não sou incrédulo, mas creio e obedeço a Deus” (1,4).
Nada sabemos de sua morte ou de outras circunstâncias de sua vida. Sabemos apenas que por volta de 169-170, já era bispo de Antioquia.
Eusébio de Cesaréia afirma que “De Teófilo que citamos como bispo de Antioquia, possuímos três livros elementares A Autólico e outro intitulado Contra a heresia de Hermógenes, no qual utiliza testemunhos tiradas do Apocalipse de João. Possuímos ainda outros livros catequéticos. Como também naquele tempo, os hereges corrompiam não menos que em outros tempos, como a zizânia, a semente pura do ensinamento apostólico, os pastores da Igreja procuravam afastá-los, por toda parte, das ovelhas de Cristo, como feras selvagens, afastando-as tanto por meio de advertências e de exortações dirigidas aos irmãos, como lutando abertamente contra eles por meio de questões e de refutações orais, face a face, ou então refutando suas opiniões por provas bem precisas por meio de memórias escritas. Teófilo combateu, ao mesmo tempo que os outros, contra os heréticos, como demonstra um trabalho de grande valor composto por ele Contra Marcião. Esta obra foi conservada até o presente com os outros livros dos quais falamos” (HE, IV,24).
Os historiadores desse período costumam invocar, entre outros, também o testemunho de S. Jerônimo. De fato, no seu De viris illustribus 25, acrescenta algumas informações além das de Eusébio que merecem ser explicitadas aqui: “Teófilo, sexto bispo da Igreja de Antioquia, compôs sob o imperador Marco Aurélio Vero um livro Contra Marcião, que até hoje existe. Correm, também seus três volumes A Autólico e um livro Contra a heresia de Hermógenes, e outros breves e elegantes tratados que edificam a Igreja. Li de sua autoria uns comentários ao Evangelho e aos Provérbios de Salomão, que não me parecem afinados com a elegância e estilo dos volumes anteriores”.
Além disso parece ter escrito uma obra apologética Sobre as origens da humanidade segundo a Bíblia e a mitologia.
Escritor de cultura variada, de estilo elegante, ordeiro e claro.
Teófilo foi um cristão que se preocupou com a Bíblia Sagrada e com a moral dos cristãos. Defendeu o cristianismo e exigiu vida íntegra dos cristãos.
Foi um homem santo que serviu a igreja como Bispo e contribuiu para o discipulado cristão através de suas obras.
Estudaremos a sua obra completa a Autólico em três partes e conheceremos seu testemunho e sua espiritualidade cristã.


O que você deseja destacar neste texto?
Como ele serviu para sua espiritualidade?




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