segunda-feira, 8 de agosto de 2022

209 - Hilário de Poitiers (315-368) - O Tratado da Santíssima Trindade - Livro Quinto (Capítulos 23 - 32).

 

209

Hilário de Poitiers (315-368)
O Tratado da Santíssima Trindade
Livro Quinto (Capítulos 23 - 32)

 

Divisão do Tratado

O Tratado está dividido em 12 livros.

O livro I começa autobiografia. Refere-se às heresias e apresenta um plano geral do trabalho.

O livro II é um resumo da doutrina da Trindade.

O livro III trata do mistério da distinção e unidade do Pai e do Filho.

No livro IV o autor apresenta a carta de Ário a Alexandre de Alexandria e demonstra a divindade de Filho a partir de citações tiradas do Antigo Testamento.

O livro V também cita o Antigo Testamento para demonstrar a divindade do Filho, que não é um outro Deus ao lado do Pai.

 

Capítulo 23.

1.      Por que, com a ineficaz estultice de herética impiedade e furioso espírito, tu mentes e, contra a ciência de tão grandes Patriarcas, semeias, noturno semeador, no meio das autênticas sementes de trigo, a cizânia que deve ser queimada?

2.      Se cresses em Moisés, também crerias em Deus, Filho de Deus, a não ser, talvez, que negasses o que a respeito dele disse Moisés.

3.      Se queres negar, escuta as palavras de Deus: Se crêsseis em Moisés, creríeis também em mim; pois sobre mim escreveu ele (Jo 5,46).

4.      Acusa-te claramente todo o livro da Lei, que recebeu por mão do Mediador, disposta pelos anjos. E indaga se o que deu a Lei é Deus verdadeiro, pois é Mediador aquele que a deu. Acaso não foi ao encontro de Deus que Moisés conduziu o povo até o monte (cf. Ex 19,17)? Não foi Deus que desceu, no monte? Poderia talvez ser falso e adotivo o nome que se deveria entender, em vez do nome da sua natureza?

5.      Vê as trombetas soando, as tochas flamejantes e, saindo do monte, a fumaça de fornalhas ardentes e, à chegada de Deus, o medo, consciente da própria fraqueza humana, do povo, que suplica a Moisés que lhes fale, e não o Senhor, para que não morra (cf. Ex 20,19).

6.       Para ti, ó herege, não é Deus verdadeiro Aquele, diante de quem Israel, só por ouvir falar, temia morrer e cuja voz a fraqueza humana não podia suportar? Para ti certamente não é Deus porque, para ouvires e veres, falou pela fraqueza de homem?

7.      Moisés foi ao monte, alcançou o conhecimento dos mistérios divinos e celestes durante quarenta dias e noites e estabeleceu tudo segundo a verdade que lhe foi mostrada no monte; pela familiaridade com que Deus lhe falava, revestiu-se da glória de um brilho que cega e a luz quase insuportável da majestade próxima cobriu a forma corruptível de seu rosto.

8.      Deus se mostra, fala sobre Deus, chama os anjos de Deus para adorá-lo com a alegria dos povos, são imploradas sobre a cabeça de José as melhores bênçãos (cf. Dt 33,16); e depois disto tudo, apoiado somente no nome, ousa alguém negar que seja verdadeiro?

 

Capítulo 24.

9.      Julgamos ficar demonstrado por este nosso discurso, sem que se interpusesse qualquer prova racional, que não há nenhum argumento pelo qual a mente humana possa deduzir que há um Deus verdadeiro e um Deus falso, visto que a Lei falou de Deus e Deus, Senhor e Senhor, e não há diversidade de nomes nem de naturezas, de forma que não se possa compreender a natureza do nome pelo nome da natureza.

10.  O poder de Deus, o ser de Deus e o nome de Deus estavam naquela Lei que ensinava ser Ele Deus. Esta Lei, de acordo com a dispensação do mistério evangélico, indica a pessoa do Filho como Deus, obediente à palavra de Deus ao criar o mundo, como Deus criador, ao configurar o homem à comum imagem, como Juiz e Senhor, enviado pelo Senhor, ao julgar os sodomitas, como Anjo de Deus, que é Deus, ao conceder bênçãos e discernir os mistérios da Lei.

11.  Deus se mostrou sempre na divindade comum ao Pai e ao Filho, para a confissão que conduz à salvação. A Lei ensinou a verdade da natureza divina do Filho com o nome desta natureza, pois ao atribuir ao Pai e ao Filho a divindade, não deixou dúvida a respeito da verdade.

 

Capítulo 25.

12.  Já é tempo de não permitir que aquilo que, piedosa e religiosamente, a Lei ensinou seja pregado como ímpio furto da herética estultice, que, para negar o Filho de Deus, assim começa: Ouve, Israel, o Senhor teu Deus é um só (Dt 6,4).

13.  E já que sua impiedade corria risco por causa do nome, pois a Lei dissera Deus e Deus, querendo negar, pela autoridade da palavra profética, a natureza do nome, acrescentou: Bendirão a ti, Deus verdadeiro (Is 65,16), de modo que, por ter dito a Lei um só Deus, houvesse no Filho de Deus apenas um nome e não a verdade, entendendo-se haver um só Deus verdadeiro.

14.  Pensas talvez, ó estulto, que contradizemos tua afirmação para negar que haja um só Deus verdadeiro. De modo algum o negamos, mas sim o confessamos, como tu.

15.  Esta é a nossa fé, este é nosso conhecimento, esta é a nossa palavra. Reconhecemos que há um só Deus, que é o Deus verdadeiro. Nossa profissão de fé não é abalada por causa do nome, porque na natureza do Filho está o único e verdadeiro Deus. Aprende o sentido de tua confissão, e reconhece o único e verdadeiro Deus, para que pregues piedosamente o único e verdadeiro Deus. Roubas em benefício da tua impiedade a profissão da nossa religião e negas o que é, enquanto não o negas.

16.  A estulta sabedoria fica oculta, enquanto destróis a verdade, sob a capa da verdade. Confessas um só e verdadeiro Deus, de forma a negares um só e verdadeiro Deus. Tua profissão é julgada tanto mais piedosa, quanto mais ímpia; tanto mais verdadeira, quanto mais falsa.

17.  Por ti é pregado um único Deus verdadeiro, de modo que não o seja, pois negas ser o Filho Deus verdadeiro, sem, no entanto, negar que seja Deus.

18.  Confessas que é Deus, não por natureza, mas só pelo nome. Se sua natividade é mais nominal que verdadeira, podes tirar do nome a sua verdade, mas, se verdadeiramente nasceu como Deus, pergunto como poderá não ter verdadeiramente a natureza com a qual nasceu?

19.  Para que não seja verdadeiro Deus, tens de negar que seja Deus. Porém, se é Deus, como não será aquilo que é, visto ser impossível não ser aquilo que é?

20.  Sobre a natividade, falaremos dentro em pouco. Por enquanto, provarei, pela confissão profética, a impiedade de tua mentira sobre a verdade da natureza de Deus, de modo tal que, ao pregarmos o único e verdadeiro Deus, nem a heresia de Sabélio presuma professar que o Pai e o Filho são o mesmo, nem tu possas distorcer a verdade sobre o Filho de Deus, quando pregas somente um Deus verdadeiro.

 

Capítulo 26.

21.  A impiedade não contém em si absolutamente nada da sabedoria, e onde falta o temor de Deus, que é o seu início, não há nenhum começo da prudência.

22.  Para destruir a fé no Filho, como verdadeiro Deus, usam a palavra profética: E bendirão a ti, Deus verdadeiro.

23.  Em primeiro lugar, foi tal a loucura da impiedade que as palavras do Profeta, ou não foram compreendidas, ou, mesmo compreendidas, foram abafadas pelo silêncio.

24.  Em seguida, enriqueceu esta fraude o acréscimo de uma sílaba que não existe nos livros; a mentira, em sua loucura, julgou que não somente se daria crédito a suas palavras, mas que não se iria procurar a própria autoridade dos ditos proféticos.

25.  Pois não está escrito: Bendirão a ti, Deus verdadeiro, mas bendirão o Deus verdadeiro (Is 65,16). Não é pequena a diferença entre a ti, Deus verdadeiro, e o Deus verdadeiro. Onde está a ti, o pronome parece referir-se a outra pessoa; ao contrário, onde não há pronome, as palavras se referem ao nome do autor.

 

Capítulo 27.

26.  Para que haja certeza absoluta a respeito da verdade, devemos fundamentar-nos nas palavras do Profeta em sua integridade. Porque assim diz o Senhor: “Os que me servem comerão, vós porém, passareis fome; os que me servem beberão, vós, porém, tereis sede; os que me servem exultarão de alegria, vós, porém, clamareis por causa da dor em vossos corações e uivareis pela contrição do vosso espírito. Deixareis vosso nome para meus eleitos em sua alegria; a vós, porém, o Senhor fará perecer. Os que me servem serão chamados com um nome novo que será bendito sobre a terra, e bendirão o Deus verdadeiro; e os que juram sobre a terra, jurarão pelo Deus verdadeiro” (Is 65,13-16).

27.  Sempre há algum motivo, quando se vai além do que é habitual na pregação, e a necessidade de defender a verdade determina o alcance da novidade.

28.  Se antes já existiam tantas profecias sobre Deus, demonstrando a sua dignidade e natureza, e se era usado somente o nome de Deus, perguntamos por que motivo agora, por Isaías, o Espírito de profecia diz antecipadamente que se irá bendizer o Deus verdadeiro, jurando, sobre a terra, pelo Deus verdadeiro.

29.  Em primeiro lugar, deve-se saber que este discurso anuncia coisas futuras. E indago se não é o Deus verdadeiro Aquele que, na opinião dos judeus, deve ser bendito e por quem se há de jurar. Pois os judeus, desconhecendo o mistério de Deus, e por isso, ignorando o Filho de Deus, veneram apenas a Deus, mas não como Pai.

30.  Porque, se venerassem o Pai, certamente venerariam também o Filho. Eles, portanto, bendiziam a Deus e juravam por Ele. Mas o Profeta atesta que se há de bendizer o Deus verdadeiro, dizendo Deus verdadeiro, porque ainda não era entendida por todos, por causa do mistério do corpo assumido, a verdade do Deus nele.

31.  Foi necessária a confirmação da verdade, onde iria prorromper a afirmação da falsidade. Citaremos então cada um dos ensinamentos dos mesmos ditos.

 

Capítulo 28.

32.  Porque assim diz o Senhor: “Os que me servem comerão, vós porém, passareis fome; os que me servem beberão, vós, porém, tereis sede; os que me servem exultarão de alegria, vós, porém, clamareis por causa da dor em vossos corações e uivareis pela contrição do vosso espírito. Deixareis vosso nome para meus eleitos em sua alegria; a vós, porém, o Senhor fará perecer. Os que me servem serão chamados com um nome novo que será bendito sobre a terra, e bendirão o Deus verdadeiro; e os que juram sobre a terra jurarão pelo Deus verdadeiro (Is 65,13-16).

33.  Observa, na mesma sentença, ambos os tempos, para perceberes o mistério do tempo. Os que me servem comerão significa que o serviço prestado será remunerado com futuros prêmios; assim também o castigo da futura sede e fome afligirá a impiedade presente.

34.  Em seguida se acrescenta: os que me servem exultarão de alegria, vós, porém, clamareis por causa da dor em vossos corações e uivareis pela contrição do espírito.

35.  De acordo com o modo de entender acima, também aqui se apresentam os tempos futuro e presente, de modo que os que servem irão exultar de alegria, aqueles, porém, que não servem, permanecerão no clamor e nos gemidos pela dor do coração e contrição do espírito.

36.  Em seguida se acrescenta: Deixareis vosso nome na alegria para meus eleitos, a vós, porém, o Senhor fará perecer.

37.  A palavra se dirige ao Israel carnal, indicando o tempo futuro e afirmando que seu nome será deixado para os eleitos de Deus. Que nome será este? Sem dúvida, Israel, a quem se dirigia então a palavra. De novo interrogo: quem é hoje Israel? O Apóstolo atesta: os que pelo Espírito, não pela letra, caminham pela regra de Cristo, são estes o Israel de Deus (Rm 2,29).

 

Capítulo 29.

38.  Porque acima foi dito: Por isto diz o Senhor, deve-se compreender a continuação: A vós, porém, o Senhor fará perecer. Depois, pode-se entender esta palavra: Os que me servem serão chamados com um nome novo que será bendito sobre a terra. Acaso se poderá duvidar de que ao dizer: Por isto assim diz o Senhor, e: A vós, porém, fará perecer, fica demonstrado que quem fala e quem fará perecer só pode ser o Senhor, por quem aqueles que o servirem serão agraciados com um nome novo?

39.  E não se pode ignorar também que o que falava pelos profetas seria o futuro juiz dos justos e dos ímpios.

40.  Para que não possa haver nenhuma dúvida sobre o Senhor que diz e o Senhor que fará perecer, o mistério da revelação evangélica explica em seguida: Os que me servem serão chamados com um nome novo que será bendito sobre a terra.

41.  Aqui tudo está no tempo futuro. E qual é este nome novo da religião, que será bendito sobre a terra? Se antes, desde séculos, o nome de cristão significou a felicidade, agora não é um nome novo.

42.  Mas, se este novo nome santificado pela nossa piedade para com Deus é um novo nome, então certamente esta novidade da profissão da fé é a recompensa das celestes bênçãos sobre a terra.

 

Capítulo 30.

43.  Quanto ao conhecimento de toda a nossa fé, a palavra seguinte o confirma, dizendo: E bendirão o Deus verdadeiro; e os que juram na terra, jurarão pelo Deus verdadeiro. Certamente, bendirão o Deus verdadeiro aqueles a quem pertence, pelo serviço a Deus, o novo nome, e aquele Deus por cujo nome se jura é Deus verdadeiro.

44.  Pode-se ainda hesitar, sem saber em nome de quem se jura, quem é abençoado, por quem é dado aos que o servem o novo nome bendito?

45.  Está a meu lado contra tua pregação ímpia, ó herege, a perfeita fé da palavra eclesiástica, a fé inabalável na pregação da Igreja no novo nome dado por ti, ó Cristo, o nome que abençoaste sobre a terra, nos que te servem, a fé que jura que és Deus verdadeiro.

46.  Toda língua dos que crêem em ti, Cristo, te proclama Deus. A fé dos que crêem em ti jura seres Deus, confessando seres Deus verdadeiro, pregando seres Deus verdadeiro, cônscia de que és Deus verdadeiro.

 

Capítulo 31.

47.  Todas estas palavras proféticas não apresentam nenhuma dificuldade e dão como Deus Aquele a quem se serve pelo novo nome, que é bendito como o Deus verdadeiro e que se jura ser o Deus verdadeiro.

48.  Tudo isso a religiosa fé da Igreja, na plenitude dos tempos, professa no culto ao Senhor Cristo; e de tal forma a palavra profética se adaptou a Ele, que não inovou o significado da pessoa com o acréscimo de outro nome. Pois se acrescentasse: a ti, Deus verdadeiro, a palavra poderia referir-se a outro, mas por dizer: Deus verdadeiro, não deixou lugar para outra significação.

49.  Embora não haja dúvida sobre quem esta palavra quer indicar, o que foi dito acima demonstra o que se deve entender. Pois diz: Claramente apareci aos que não perguntavam por mim, e fui encontrado por aqueles que não me buscavam. Disse: Eis-me aqui, a gentes que não invocavam meu nome. Estendi minhas mãos todo dia a um povo incrédulo e rebelde (Is 65,1-2).

50.  Não está na escuridão a ímpia falsidade da furtiva pregação? Pode-se ainda ignorar que quem fala é o Deus verdadeiro? Pergunto: quem apareceu aos que não perguntavam por ele e quem foi encontrado por aqueles que não o buscavam? Qual é povo que antes não invocava o seu nome? Quem, durante todo o dia, estendia as mãos a um povo incrédulo e rebelde?

51.  Compara com isto o sagrado e divino Cântico do Deuteronômio (Dt 32,21), em que Deus se irrita contra os falsos deuses e, com seu ciúme, incita os infiéis contra um povo falso e uma nação estulta.

52.  Entende quem se manifestou aos ignorantes, quem é acolhido como próprio por estranhos e quem estende suas mãos a um povo incrédulo e rebelde, pregando na cruz o quirógrafo do edito anterior.

53.  Na verdade, aqui o Espírito do Profeta diz, com ordem e de maneira coerente: Os que me servem serão chamados com um nome novo que será bendito sobre a terra, e bendirão o Deus verdadeiro; e os que juram sobre a terra jurarão pelo Deus verdadeiro (Is 65,16).

 

Capítulo 32.

54.  Se a herética estultice e a impiedade mentem, a fim de enganar os ignorantes e os mais simples, dizendo que estas palavras foram ditas a respeito do Pai, para que não se possa entendê-las a respeito de Deus Filho, ouça a condenação de sua mentira pelo Apóstolo e Doutor das Gentes.

55.  Ao pregar todas estas coisas como sacramento da paixão do Senhor para os tempos da fé evangélica, Paulo censura a infidelidade de Israel que não compreendeu a vinda do Senhor na carne, dizendo: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como invocar Aquele em que não crêem? Como creriam naquele que não ouviram? Como, porém, poderiam ouvir sem um pregador? E como pregariam a não ser que fossem enviados, como está escrito: Quão maravilhosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam boas notícias. Mas nem todos obedecem ao Evangelho. Pois Isaías diz: Senhor, quem acreditou em nossa pregação? Portanto a fé vem pelo ouvido, mas o ouvido pela palavra. Mas digo: acaso não ouviram? Pelo contrário, por toda a terra correu sua voz, e até os confins do orbe suas palavras. E digo: Por acaso Israel não teria sabido? Primeiro, disse Moisés: Eu vos instigarei contra um não povo, contra um povo insensato vos provocarei. Mas Isaías ousa e diz: Apareci àqueles que não me procuraram, fui encontrado por aqueles que não perguntaram por mim. Porém a Israel que diz ele? O dia todo estendi minhas mãos para um povo que não escutava (Rm 10,13-21).

56.  Quem és tu que, elevado até os círculos celestes, se no corpo ou fora do corpo, mais fiel do que Paulo, te mostraste intérprete das palavras proféticas? (cf. 2Cor 12,2). Quem és tu que, ouvindo os inenarráveis mistérios celestes e calando, pregaste com maior confiança a ciência a ti revelada por Deus? Quem és tu que estavas reservado para completar o que falta na paixão do Senhor na cruz, raptado, antes, até o paraíso, e que, melhor do que o vaso de eleição, ensinaste as divinas Escrituras, desconhecendo que estas foram ditas e vividas pelo Deus verdadeiro e pregadas, para a compreensão do Deus verdadeiro, pelo verdadeiro e eleito Apóstolo?

 

O que você destaca no texto e colo ele serve para

sua espiritualidade?

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