sábado, 16 de maio de 2020

Cronologia de Cipriano de Cartago (210-258


Cronologia de Cipriano de Cartago (210-258)

O martírio de São Cipriano de Cartago | Cléofas

·        210 - Nasceu Táscio Cecílio Cipriano, de uma família pagã, abastada e com membros no governo municipal, provavelmente em Cartago (nas proximidades da atual Túnis, Tunísia), capital da África Proconsular. Era um honestior (nobre), talvez pertencente, como mínimo, à ordem dos équites (cavaleiros). Sabe-se que foi educado em Cartago. Teve sólida formação em latim, grego, direito, retórica.

·        246 - Era mestre de oratória quando, por intermédio do presbítero Ceciliano, chegou à fé cristã. Convertido, doa parte de suas propriedades para os pobres e parte põe à disposição da Igreja.

·        248/249 - é ordenado presbítero e, logo após, torna-se bispo da sua cidade natal. A Sé metropolitana de Cartago tinha grande importância. Seu bispo exercia certo primado sobre o episcopado e toda a África latina. A cidade, um dos principais centros do Império Romano e um dos maiores portos do Mediterrâneo, não perdia em nada para as outras duas metrópoles do Império, Roma e Alexandria.

·        250 - Por ocasião da perseguição de Décio, quando foram confiscados os bens que tinha posto a serviço da Igreja, Cipriano achou preferível retirar-se de sua sede antes mesmo que o Edito fosse publicado. 

·        251 – Cipriano retorna a Cartago. O fim da perseguição, naquela primavera, porém, não tornou a administração de Cipriano mais fácil, pois deveria voltar a afrontar a questão disciplinar – que surgira um ano antes e dividia sua comunidade – da readmissão dos lapsi, daqueles que, durante a perseguição, tinham apostatado.

·        252-254 - Uma peste assola o Império e deixa sua região em estado de calamidade material e moral.

·        253 – Edito de Treboniano Galo (251-253), determinando que a população fizesse sacrifícios, provavelmente ao deus Apolo, de quem esperava socorro para a situação, houve quem quisesse que Cipriano fosse jogado aos leões.

·        254-256 - Cipriano enfrenta a polêmica, em oposição a Estêvão de Roma, sobre o batismo administrado por hereges e cismáticos.

·        257 - A controvérsia entre ambos foi interrompida por outra perseguição, a do imperador Valeriano (253-260), iniciada em agosto de 257. Valeriano, temendo a cristianização do império, golpeou diretamente a instituição: deixando de lado os leigos, bispos e presbíteros seriam exilados, vigiados e proibidos de presidir qualquer cerimônia; quem desobedecesse seria executado.

·        257 - No dia 30 de agosto, Cipriano, tendo-se recusado a “reconhecer as práticas romanas” isto é, a admitir que tais práticas fossem úteis para a salvação do Império, foi exilado em Cúrubis (atual Korba, Tunísia). Nesse período, prepara textos que animem sua comunidade a perseverar na fé, a não desfalecer diante do martírio.

·        258 - Em agosto, Valeriano emite um novo decreto, desta vez determinando a proibição do uso dos edifícios de culto – que poderiam ser confiscados –, o confisco dos bens de leigos ilustres, particularmente do senado e da corte, e seu exílio – com sua subsequente execução, se insistissem em professar a fé cristã – e a execução de todos os bispos, presbíteros e diáconos. Informado da decisão imperial, Cipriano esconde-se novamente. Desta vez, porém, ele o faz de modo a ser encontrado, pois pretendia que o procônsul o julgasse em Cartago, sua cidade, e não em outro lugar.

·        258 - Em 14 de setembro, tendo sido processado, Cipriano, decapitado no campo de um homem chamado Sexto, recebe a graça do martírio, tornando-se o primeiro bispo africano mártir.


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