Encontro
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Interregno
- Estudo Especial
Introdução a Vida de Benedito
de Núrsia
A fonte de todos
os acontecimentos da vida de São Bento são os Diálogos de São
Gregório Magno (540-604), redigidos por volta de 593, que se baseou em
fatos narrados por monges que conheceram pessoalmente São Bento.
Gregório é o seu
primeiro biógrafo. Todas as demais biografias se baseiam diretamente nos Diálogos.
Em seus
Diálogos, Gregório conversa com um discípulo chamado Pedro.
Após os milagres
narrados, Pedro fez perguntas e Gregório responde com citações Bíblicas
apropriadas.
Cronologia histórica de São Bento
480 – Nasce no dia
24 de março em Núrsia - Úmbria no antigo Reino Ostrogótico. Bento foi filho de um nobre romano.
Realisou os primeiros estudos na região
de Núrsia (próximo à cidade italiana de Espoleto).
Mais tarde, foi enviado
a Roma para estudar retórica e filosofia.
500 – Tendo-se
decepcionado com a decadência moral da cidade, abandona logo a capital e
retira-se para Enfide (atual Affile).
Ajudado por um abade da região chamado
Romano, instalou-se em uma gruta de difícil acesso, a fim de viver
como eremita.
503 - Depois de
três anos nesse lugar, dedicando-se à oração e a ascese, foi descoberto por
alguns pastores, que divulgaram a fama de santidade.
A partir de então, foi visitado
constantemente por pessoas que buscavam conselhos e direção espiritual.
Foi então eleito abade de um mosteiro
em Vicovaro, no centro da península Itálica.
Por causa do regime de vida exigente, os
monges tentaram envenená-lo, mas, no momento em que dava a bênção sobre o
alimento, saiu da taça que continha o vinho envenenado uma serpente e o cálice
se fez em pedaços.
Com isso, Bento resolve deixar a
comunidade e retornando à vida solitária.
504 - Recebeu
grande quantidade de discípulos e fundou doze pequenos mosteiros.
529 - Por causa da
inveja do sacerdote Florêncio, tem de se mudar para Monte Cassino, onde
fundou o principal mosteiro da Ordem Beneditina.
É nesse episódio que Florêncio lhe
enviou de presente um pão envenenado, mas Bento deu o pão a um corvo que todos
os dias vinha comer de suas mãos e ordenou à ave que o levasse para longe, onde
não pudesse ser encontrado.
Durante a saída de Bento para Monte
Cassino, Florêncio, sentindo-se vitorioso, saiu ao terraço de sua casa para ver
a partida do monge. Entretanto, o terraço ruiu e Florêncio morreu.
Um dos discípulos de Bento, Mauro,
foi pedir ao mestre que retornasse, pois o inimigo havia morrido, mas Bento
chorou pela morte de seu inimigo e também pela alegria de seu discípulo, a quem
impôs uma penitência por regozijar-se pela morte do sacerdote.
534 - Começou a
escrever a Regula Monasteriorum (Regra dos Mosteiros).
547 - Morre
em 21 de março, tendo antes anunciado a alguns monges que iria morrer e
seis dias antes mandado abrir sua sepultura. Sua irmã gêmea Escolástica havia
falecido em 10 de fevereiro desse mesmo ano.
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